DEU RUIM PRO JOSH! Vasco tem comprador CERTO para parte da SAF gerida pela 777 Partners

Foto: Thiago Ribeiro

No turbilhão de incertezas que circunda a SAF do Vasco, gerida pela 777 Partners, ecos de segurança vêm da administração anterior.

Jorge Salgado, ex-presidente do Club de Regatas Vasco da Gama, garante a solidez do contrato firmado, mesmo frente às adversidades legais que a 777 enfrenta nos Estados Unidos e na Inglaterra.

A cláusula de segurança permitiria ao clube retomar uma parcela significativa do controle acionário por um valor simbólico caso a empresa estadunidense não cumpra suas obrigações financeiras.

Segundo Jorge Salgado, a gestão passada estabeleceu uma salvaguarda no acordo de venda da SAF: se até 5 de setembro a 777 Partners não efetuar o pagamento de 270 milhões de reais, corrigidos pelo IPCA, o Vasco pode recuperar 51% das ações por apenas mil reais.

Esta disposição foi confirmada em uma reunião com Roberto Duque Estrada, vice jurídico da gestão anterior, reforçando a confiança de que o Vasco está protegido contra qualquer inadimplência.

Desafios e perspectivas na fiscalização do contrato da Vasco SAF

A atual diretoria do Vasco, contudo, enfrenta críticas internas sobre a administração da fiscalização do contrato com a 777 Partners. Alguns conselheiros sugerem que uma abordagem mais amigável poderia ser mais frutífera, em vez do clima de desconfiança que tem caracterizado as relações até agora.

A notícia de que Josh Wander, presidente da 777, recusou uma proposta da Crefisa para comprar 30% das ações da SAF sem sequer iniciar negociações reforça a impressão de que o grupo estadunidense está confiante na sua capacidade de honrar os compromissos.

Josh Wander, CEO da 777 Partners e dono da Vasco SAF
Josh Wander, CEO da 777 Partners – Foto: Leandro Amorim/Vasco

Consequências de uma potencial retomada do controle

Caso a diretoria atual consiga reaver o controle e negociar com um novo investidor, um processo demorado de aprovação pelo Conselho Deliberativo será necessário para validar qualquer nova venda de ações e modelo de parceria.

Este procedimento pode afetar o desempenho do time na segunda metade do ano, uma preocupação que pesa sobre as decisões administrativas do clube.

O cenário para o Vasco é complexo, entrelaçando questões jurídicas, financeiras e esportivas. A habilidade da diretoria em navegar essas águas turbulentas não apenas determinará o futuro imediato da SAF, mas também a estabilidade e o sucesso do clube no cenário do futebol brasileiro.

Com tantas variáveis em jogo, o verdadeiro desafio será manter a coesão interna e a confiança dos torcedores enquanto se busca uma solução que salvaguarde os interesses do Vasco.

Pedrinho e Lúcio Barbosa; Vasco
Pedrinho e 777 já não falam a mesma língua – Foto: Matheus Lima