Brazil enaltece a torcida do Vasco, mas faz ressalva em relação as saídas de Gomes e Lucão: ”Extrapola”

O Vasco não terá Bruno Gomes e nem Lucão para 2022. Ambos pediram para deixar o clube e não ficarão no Gigante da Colina para esta temporada. O volante ainda está procurando alguma possibilidade no mercado. Já o goleiro acertou tudo com o Red Bull Bragantino e assinará com o ”Massa Bruta” por cinco temporadas.

Dois jovens promissores que não querem mais ficar em São Januário. Por que será? Além dos problemas que todo mundo já sabe de atrasos salariais e estruturais, o gerente Carlos Brazil levantou mais uma situação importante que pode ter sido crucial na decisão dos atletas – a pressão a torcida.

Questionado sobre Gomes nas últimas semanas, Brazil explicou que o atleta não estaria se sentindo confortável por conta das cobranças. ”Bruno é um jogador muito importante. Tem uma qualidade imensa, trabalhei com ele na base. Pra mim um dos melhores jogadores da posição para idade. Mas claro, ficou assustado. Ele tem desejo de sair do clube, a gente queria contar com ele aqui. Mas ele sabe que a saída tem que ser algo benéfico para o clube. Não há nenhuma negociação agora, posso garantir. Havia uma possibilidade de empréstimo que não foi para frente. E a gente tem esperança de que ele mude de ideia e queira ficar com a gente”, comentou o diretor.

Saída do Lucão do Vasco

O caso de Lucão é um pouco parecido. Brazil esclareceu sobre a saída do atleta nesta terça-feira. Explicou que o Gigante da Colina tem débitos com o jogador e ainda falou da torcida mais uma vez. O gerente enaltece os cruz-maltinos, mas faz uma ressalva na questão das cobranças: ”extrapola”.

”Foi um ano difícil. Muitos dos meninos até foram ameaçados. Tenho de ter um cuidado quando fala isso. Alguém pode dizer: você está indo contra a torcida? De maneira nenhuma. A torcida é o maior ativo do clube. Nós vamos passar pela instituição, e ela vai continuar. É centenária, vai viver mil anos. Ninguém é maior do que a instituição, e o torcedor e ele é parte disso. Porém, às vezes, ele extrapola. Você me ameaçar é uma coisa. Ameaçar um menino de 18 anos tem mais dificuldade. A gente passa que está protegendo e que confia neles. A grande maioria dos meninos ficaram e aqui vão continuar. Óbvio que não quer ficar, a gente vai entender e vamos procurar a melhor solução para o clube – disse o dirigente, que ainda citou a boa relação com o Bragantino”, afirmou.