Coluna escrita por Rodrigo Cordeiro
O Búfalo voltou! Esta semana o Vasco anunciou oficialmente o retorno do atacante Rossi ao Gigante, após passagem marcante do atleta na temporada de 2019. E não foram as bolas na rede e passes que fizeram a torcida ter tanto carinho pelo jogador (foram apenas 4 gols e 5 assistências em 41 jogos, sendo 34 como titular), mas o que ele agregava tanto taticamente quanto emocionalmente.
Rossi não é um primor de técnica, muito longe disso, mas dentro de campo se entregava de corpo e alma em prol da equipe. Naquele Vasco do Campeonato Brasileiro, sob o comando do “pofexô” Vanderlei Luxemburgo, o lado direito era um ponto forte da equipe, e o Búfalo era peça fundamental. Ele corria, dava carrinho, trombava, discutia com adversários (e levava seus amarelinhos com certa frequência), mas também desarmava bastante e puxava a marcação dos seus oponentes, abrindo espaços para seus companheiros.
Futebol não se faz somente de tática e técnica, também se faz de emoção, de amor à camisa, e isso nunca faltou a ele. Sua icônica comemoração com a cabeça do Almirante, mascote do clube, marcou qualquer Vascaíno e Vascaína que é apaixonado por esse clube.
Imagem: Allan Carvalho/AGIF
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E é exatamente isso que essa gestão Vasco SAF estava pecando. O início de uma nova era no clube ficou marcado por diversos profissionais, em áreas de suma importância no futebol, totalmente identificados com o rival, e isso pesou enormemente para a revolta da torcida no momento em que a equipe vai de mal a pior no Campeonato Brasileiro.
Porém, as saídas do CEO “mão fechada” e do “treineiro tristonho”, ambos crias do “império do mal”, e as chegadas de um CEO (mesmo que interino) que leva a Cruz de Malta no peito e de um treinador experiente e vitorioso já trouxeram uma motivação muito maior ao dia a dia do Vasco. Tanto que Lúcio Barbosa, o CEO interino, já buscou se aproximar dos ídolos do clube para, quem sabe em pouco tempo, incorporá-los à gestão do Gigante, pois eles SABEM o que é amar o Cruzmaltino.
Portanto, esse retorno do Rossi à Colina é a representação de que ainda existe tempo para corrigir os erros de tomada de decisão, de entender que a paixão pelo clube é, também, um fator imprescindível para se ter sucesso dentro do futebol, ainda mais no Clube de Regatas Vasco da Gama. Bem vindo Búfalo! O bom filho a casa torna.
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