A venda da Vasco SAF, peça-chave para o futuro do clube, encontra-se em um verdadeiro impasse jurídico. Sem uma decisão clara da Justiça, investidores seguem hesitantes, enquanto a 777 Partners luta para retomar o controle. O advogado e professor José Humberto, especialista em Direito Empresarial, explica os desdobramentos do caso e os impactos diretos para o CRVG.
A possibilidade de um novo dono para a Vasco SAF foi colocada em pausa. Com a indefinição sobre quem controla a empresa, interessados como o grego Evangelos Marinakis, o italiano Andrea Radrizzani, o estadunidense John Henry e outros investidores preferem aguardar um posicionamento da Justiça antes de apresentar propostas.
José Humberto explica que o caso segue em análise no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Se o recurso da 777 for aceito, a empresa retoma o controle da SAF, reativando compromissos financeiros previamente acordados. Caso contrário, a gestão segue com o Vasco associativo.
“Se o recurso não for provido, o Vasco associativo permanecerá no controle da SAF e tudo continuará como está. Mas se o Tribunal der provimento ao recurso da 777, toda a situação muda. O controle retorna para ela e os efeitos do contrato de compra e venda voltam a valer, inclusive a obrigação dos aportes.”
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Arbitragem travada gera mais atraso para Vasco SAF
Outro fator que retarda a resolução do caso é a arbitragem, que deveria ser mais ágil do que a via judicial, mas enfrenta impasses. A 777 Partners questionou a imparcialidade da árbitra escolhida pelo CRVG, Ana Teresa Basílio, devido a ligações com um ex-presidente do clube.
“A arbitragem deveria ser rápida, mas o que aconteceu? A 777 detectou que a árbitra escolhida pelo Vasco associativo não teria a imparcialidade necessária. Isso paralisa o andamento do caso e gera ainda mais incerteza”, aponta o especialista.
Enquanto as batalhas jurídicas seguem sem solução, o Vasco enfrenta dificuldades financeiras e planejamento comprometido. Sem investidores seguros para comprar a SAF, o clube vê seus recursos limitados para a temporada de 2025.
“Como um investidor vai comprar a SAF do Vasco em um ambiente de incerteza? Segurança jurídica é essencial. Quem vai aportar recursos e assumir compromissos milionários sem uma definição clara?”, questiona Humberto.
A decisão do Tribunal de Justiça pode mudar o rumo do Gigante da Colina, mas não será definitiva. O caso ainda dependerá de um julgamento na arbitragem, onde os árbitros poderão manter ou modificar o veredicto da Justiça.
José Humberto chega ao X da questão e conclui:
“Percebam que são capítulos e mais capítulos de uma questão societária que, no final das contas, prejudica a instituição Vasco da Gama.”
Enquanto isso, o clube segue à deriva, sem um futuro claro para sua SAF e com um time que pode sentir no campo os efeitos desse impasse jurídico.
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