Com grande atuação coletiva e gol construído desde o goleiro, Vasco vence o Fortaleza por 3 a 0 e inicia nova era com Fernando Diniz, que já visa clássico contra o Fluminense
Por Alvaro Tallarico
Com atuação dominante e organizada, o Vasco venceu o Fortaleza por 3 a 0 neste sábado (18), em São Januário, pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foi a primeira vitória do clube na era Fernando Diniz, e a estreia do “Dinizismo” com direito a construção desde o goleiro, pressão alta e confiança renovada.
Os gols da partida foram marcados por Nuno Moreira e Pablo Vegetti (2), que voltou a balançar as redes e se reconectou com a torcida. O jogo foi marcado por domínio vascaíno na maior parte do tempo, bom posicionamento tático, controle de bola e intensidade — tudo o que se espera de um time treinado por Diniz.

Diniz vibra com ‘saidinha’ e rebate críticas
Na coletiva pós-jogo, Fernando Diniz ironizou as críticas históricas à sua saída de bola curta. Ele comemorou o segundo gol do Vasco, que nasceu justamente com uma jogada construída desde o goleiro Léo Jardim.
“Teve gente que já reclamou muito da ‘saidinha’ de bola. Hoje, ela funcionou. O gol começou com o Léo Jardim, que não rifou a bola. Então quando dá errado, todo mundo lembra. Quando dá certo, ninguém fala”, disse o treinador.
Diniz também aproveitou para se defender das críticas feitas a seu trabalho anterior no Fluminense. Ele explicou que recortes curtos de tempo não podem apagar um legado:
“Vou falar brevemente do Fluminense porque estou aqui para falar do Vasco. Mas como você citou o Fluminense, olha como é a análise de vocês, a gente fala as coisas às vezes um pouco sem pensar, da previsibilidade. Fiquei dois anos e meio no Fluminense. O Fluminense ganhou o maior título da história, uma coisa engasgada, dois títulos internacionais. Teve o 4 a 1 contra o Flamengo, que é uma coisa inesquecível. Aí a gente teve 30 ou 40 dias em que as coisas deram errado. A gente sabia 2024 ia ser mais difícil. Nesse período a gente perdeu o André, o Nino, que foi vendido, o Árias, Ganso se machucou. Por conta de 30 a 40 dias, a gente liderou o grupo de maneira invicta, tinha passado na Copa do Brasil e a gente faz esse recorte e ninguém pensa. Pega 30 dias para falar que o time ficou previsível e fica criticando e criticando”, argumentou.

“Hoje temos o Vegetti para alongar a jogada. Lá tinha Cano. São times diferentes. As análises às vezes são rasas. O problema não se resolve com crítica em cima de crítica”, completou.
O Vasco teve mais posse de bola, triangulações ofensivas, dribles e triangulações. O meio-campo com Hugo Moura, Tchê Tchê e Coutinho funcionou bem até a expulsão do camisa 11. Mesmo com a confusão e o vermelho direto, a equipe não se perdeu e manteve a postura firme.
A defesa, antes tão criticada, teve boa atuação com João Victor e Luiz Gustavo. Lucas Piton foi um dos destaques com assistências e velocidade pela esquerda.
Próximo desafio
Com a vitória, o Vasco respira no Brasileirão e inicia a sonhada reação. O próximo compromisso será pela Copa do Brasil, contra o Operário, na próxima terça-feira (21), em São Januário, e, no sábado (24), o clássico contra o Fluminense.
Leia mais
Veja mais notícias do Vasco, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos do Clube de Regatas Vasco da Gama.