Cadu Costa
O Vasco enfrenta hoje o Athletico em São Januário às 18h30. Somente a vitória interessa ao clube carioca que está na lanterna do Campeonato Brasileiro.
A partida marca também a estreia do novo técnico do Gigante, o argentino Ramón Díaz. O novo comandante reinaugura uma era de treinadores estrangeiros após o fracasso do português Ricardo Sá Pinto em 2020.
E o retrospecto, apesar de nem sempre favorável, tem nomes importantes na história cruzmaltina. Talvez o mais emblemático seja o uruguaio Ramón Platero que foi o técnico daquele lendário Vasco bicampeão carioca e que lutou contra o racismo da época: os Camisas Negras.
Um fato curioso sobre Platero é que em 1922, ele comandou Flamengo e o Cruzmaltino de forma simultânea pois o clube de São Januário ainda estava iniciando no futebol e disputava a segunda divisão do Campeonato Carioca.
Em 1923, ele precisou escolher, preferiu o Gigante da Colina e o resto é história com dois títulos seguidos. Ramón Platero ainda se tornou o primeiro estrangeiro a treinar a Seleção Brasileira nos Sul-Americanos de 23 e 25.
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Vasco teve até inglês no comando
Após a passagem de Ramón Platero pela Colina, um treinador inglês foi a opção de substituto. Harry Welfare, que já tinha sido jogador do Fluminense, assumiu o cargo e se tornou até hoje no técnico com o maior número de partidas comandadas na história do Vasco onde ficou durante 10 anos entre 1927 e 1937.
Veja a relação de todos os treinadores estrangeiros da rica história cruzmaltina:
- Carlos Scarone (uruguaio), de 1938 a 1939;
- Ondino Viera (uruguaio), de 1943 a 1946;
- Ernesto Santos (português), em 1946;
- Roque Calocero (argentino), de 1946 a 1947;
- Filpo Núñez (argentino), 1960, tio de Eduardo Coudet, técnico atual do Internacional;
- Abel Picabéa (argentino), de 1960 a 1961.
- Ricardo Sá Pinto (português), 2020.
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