Pedrinho, presidente do Vasco
Foto: Instagram do Vasco

Vasco toma decisão de VIDA OU MORTE do clube: “Se não fizer isso, é o fim!”

O Vasco vive um dos momentos mais críticos de sua história, enfrentando desafios financeiros que ameaçam sua existência. Com uma dívida estimada em R$ 1,4 bilhão, o clube decidiu recorrer à recuperação judicial, medida considerada fundamental para garantir sua sobrevivência. A aprovação dessa estratégia ocorreu na última segunda-feira (23), durante reunião do Conselho Deliberativo na Sede Náutica da Lagoa.

A votação foi marcada pela expressiva maioria de conselheiros a favor: 112 votos a favor, 37 contra e 12 abstenções. A atual diretoria acredita que esse caminho é crucial para reorganizar as finanças, proteger o clube de execuções e evitar sanções esportivas que poderiam comprometer ainda mais o futuro do CRVG.

Pedrinho, presidente do Vasco; São Januário; Vasco SAF
Conselheiros e diretoria em prol do futuro do clube – Foto: Dikran Sahagian/Vasco da Gama

Por que a recuperação judicial é essencial?

A recuperação judicial permite que empresas ou organizações em crise financeira reorganizem suas dívidas de forma controlada. No caso do Vasco, esse processo é visto como a única saída para evitar penhoras e bloqueios financeiros que impactam diretamente as operações do clube. Além disso, a ferramenta também proporciona maior segurança para renegociar prazos e condições com credores, que somam R$ 250 milhões em dívidas menores.

O uso desse recurso não é exclusivo do Gigante. Diversos clubes, especialmente os que se transformaram em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), têm adotado a recuperação judicial para buscar equilíbrio financeiro. Exemplos recentes mostram que essa estratégia pode ser eficaz, desde que acompanhada por uma gestão eficiente e comprometida com a transparência.

Pedrinho, presidente do Vasco
Pedrinho sempre falou que recuperar o CRVG era sua missão – Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Próximos passos para salvar o Vasco

A diretoria cruzmaltina, em parceria com o escritório Alvarez & Marsal, agora foca na elaboração de um plano detalhado de pagamento. Esse plano será estruturado para oferecer melhores condições de quitação das dívidas, sem comprometer o desempenho esportivo ou administrativo.

Recentemente, uma decisão judicial concedeu ao clube a suspensão de penhoras por 60 dias, prazo que foi estendido até janeiro, permitindo mais tempo para negociações.

A recuperação judicial não é apenas uma medida emergencial, mas uma oportunidade de reestruturação. Com ela, o Vasco busca garantir que sua história centenária continue sendo escrita, agora com bases financeiras mais sólidas. Caso contrário, a asfixia financeira – ainda mais agravada sem um investidor – poderia determinar o fim do Gigante da Colina.

Venda da Vasco SAF
Presidente Pedrinho na reunião do Conselho – Foto: Marcelo Wance