O técnico Ricardo Sá Pinto concedeu entrevista ao canal Expresso 1923 e relembrou sua passagem pelo Vasco em 2020. Durante a conversa, o treinador português analisou o elenco daquela temporada e não poupou críticas a alguns jogadores. Suas declarações chamaram atenção ao se referir ao meia Benítez como “vagabundo” e afirmar que o zagueiro Leandro Castan estava “morto” fisicamente.
Além disso, o treinador atribuiu seu desempenho abaixo do esperado a fatores externos. Segundo ele, a pandemia de Covid-19 e a ausência de reforços comprometeram o planejamento e dificultaram a implementação de sua filosofia de jogo.

Benítez e a liberdade tática que incomodou Sá Pinto
Durante a entrevista, Sá Pinto comentou sobre suas escolhas táticas e justificou o uso do termo “vagabundo” para descrever Benítez. Ele explicou que, em Portugal, a expressão se refere a um jogador que atua de forma anárquica, sem seguir um posicionamento fixo.
“O Benítez tinha qualidade, mas não respeitava posição. Estava em todos os lados do campo, gostava de ter a bola e, às vezes, isso comprometia a organização da equipe. Ele era um atleta dedicado, mas faltava mais objetividade no último terço.”, declarou o técnico.
Ainda segundo o treinador, a falta de um sistema defensivo sólido impedia que o time sustentasse jogadores tão ofensivos ao lado de Germán Cano.

Castan e as dificuldades físicas na reta final
Outro nome que gerou polêmica foi o de Leandro Castan. De acordo com Sá Pinto, o zagueiro já não conseguia atuar no esquema tático ideal e precisou ser adaptado.
“Em determinados momentos, era impossível manter uma linha de quatro defensores. Precisávamos improvisar, pois o Castan já não conseguia manter o mesmo nível físico.”, afirmou o técnico.
O português ainda revelou que, apesar de ter ajudado o defensor em algumas situações, ficou decepcionado com declarações feitas por ele após sua saída do clube.
O impacto da pandemia e a falta de reforços
Para Sá Pinto, sua passagem pelo Vasco foi comprometida por uma série de fatores que iam além do desempenho dos atletas. Ele destacou a dificuldade de repetir a escalação devido aos desfalques causados pela Covid-19.
“Foi muito difícil dar continuidade ao time. Muitas vezes, eu escalava uma equipe e, no jogo seguinte, já não tinha os mesmos jogadores disponíveis. Isso prejudicou muito a consistência do time.”, explicou.
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