Desde que a 777 Partners assumiu a promessa de 70% do controle da Vasco SAF, muitas esperanças foram criadas pelo torcedor. No entanto, com o passar do tempo e os atrasos nos investimentos, surgiram especulações de que o CRVG poderia estar perto de recomprar as ações da empresa americana.
Mas o que realmente está acontecendo? Será que o clube pode retomar o controle de sua SAF? Vamos entender os bastidores dessa possível reviravolta.
Em 2022, quando o Vasco firmou o acordo com a 777 Partners, a expectativa era de que a empresa injetasse grandes somas de dinheiro no clube, ajudando a resolver suas dívidas e a investir em um time competitivo. De fato, a 777 passou a controlar 70% das ações da Vasco SAF, enquanto o clube manteve 30%.
Contudo, os problemas financeiros da empresa estadunidense começaram a refletir no clube carioca. Um dos grandes pontos de tensão foi o atraso no cumprimento de algumas das obrigações previstas no contrato.
No acordo inicial, havia a previsão de que a 777 poderia perder o controle acionário caso não cumprisse com os aportes financeiros em tempo hábil. Foi o que aconteceu em 2023, quando a empresa atrasou um dos seus pagamentos.
Segundo o contrato, o Vasco passou a ter o direito de, em caso de novos atrasos, recomprar as ações da 777 por um valor simbólico de R$ 1.000. Esse mecanismo seria uma forma de proteger o clube caso a parceria não trouxesse os resultados prometidos.
A situação atual e a possível recompra das ações da Vasco SAF
Nos últimos dias, a especulação sobre a possível recompra das ações ganhou força, especialmente após a divulgação de uma matéria do jornal O Globo, sugerindo que o Vasco poderia recuperar parte do controle da Vasco SAF. No entanto, o canal Fanático Vascaíno, do jornalista Fábio Azevedo, esclareceu que, por enquanto, essa opção está suspensa.
Atualmente, há um processo judicial em andamento que envolve o contrato entre o clube e a 777, além de um processo paralelo na Fundação Getúlio Vargas, que funciona como uma espécie de corte arbitral para resolver esse tipo de impasse. Esses processos têm travado qualquer ação concreta no sentido de recomprar as ações. Isso significa que, embora o Vasco tenha o direito de recuperar parte das ações, essa negociação está parada por questões legais.
O cenário mais provável, segundo Fábio Azevedo, que entrevistou diversos conselheiros do CRVG, é que o clube busque, no longo prazo, novos investidores para assumir o lugar da 777 Partners. Embora essa solução ainda pareça distante, o clube pode, no futuro, recomprar os 31% das ações ainda sob controle da 777 e renegociar essas ações com um novo parceiro. Contudo, essa recomposição acionária não seria imediata e, certamente, exigiria um planejamento financeiro sólido.
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