Vasco pode perder São Januário? Diretoria faz jogada perigosa e clube corre sérios riscos

A crise financeira que assombra o Vasco da Gama ganhou um novo e preocupante capítulo. Para tentar solucionar uma cobrança de mais de R$ 28 milhões referente a débitos no recolhimento do FGTS, o clube recorreu a uma estratégia que ligou o sinal de alerta entre conselheiros e torcedores: ofereceu o próprio Estádio de São Januário, a sede náutica na Lagoa e até mesmo a receita de patrocínio master como garantia de penhora à Fazenda Nacional.

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Fazenda Nacional recusou proposta do Vasco

Apesar da ousadia da diretoria, a Fazenda Nacional rejeitou todas as garantias apresentadas pelo Vasco. A estratégia do clube era evitar sanções mais rígidas no processo de execução da dívida, mas a recusa da União levou o caso para a Justiça Federal. Em uma decisão recente, o órgão obteve a penhora de dois contratos firmados entre o clube associativo e a SAF, que envolvem pagamentos anuais da empresa ao clube social.

Esses contratos, que garantem um fluxo de caixa importante ao Vasco, agora estão comprometidos, impactando diretamente as contas do clube num momento crucial de sua recuperação judicial.

Risco de perder patrimônio histórico preocupa torcedores

A oferta de penhora do complexo de São Januário foi vista como uma jogada arriscada. Ainda que não tenha sido aceita, o fato de o clube cogitar abrir mão de um dos seus maiores símbolos escancarou a gravidade da crise financeira que o Vasco enfrenta.

A diretoria tenta justificar a medida como parte de um esforço para preservar a saúde financeira do clube e garantir a continuidade do projeto de reestruturação, mas o temor de que o estádio entre em risco real permanece entre os bastidores e a torcida.