Nos últimos meses, o Vasco tem sido alvo de sondagens de diversos investidores interessados na compra de sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Um dos interessados é o bilionário grego Evangelos Marinakis, conhecido internacionalmente por seus investimentos no esporte.
Marinakis, que controla o Nottingham Forest, da Inglaterra, e o Olympiacos, da Grécia, possui um patrimônio estimado em 3,8 bilhões de dólares (cerca de R$ 22 bilhões). Reconhecido por seu estilo de gestão intenso e até temperamental, ele tem um histórico de investir pesado em seus clubes, mas também é famoso por suas mudanças frequentes de treinadores.
Enquanto investidores observam, Vasco e A-CAP avançam na arbitragem conduzida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para resolver o impasse sobre o controle da SAF. Recentemente, ambas as partes escolheram a advogada Paula Andrea Forgioni como presidente do tribunal arbitral. Com vasta experiência, ela terá a responsabilidade de conduzir o julgamento e, caso necessário, seu voto terá peso decisivo.
Segundo o regulamento da arbitragem, o processo prevê etapas detalhadas, com prazo de 15 dias para as partes apresentarem suas alegações iniciais, seguidas pela produção de provas, se autorizadas pelo tribunal. Após essa fase, abrem-se prazos para alegações finais, e a sentença pode ser emitida em até 60 dias após o término das discussões.
Disputa jurídica pode dificultar a venda do Vasco
Apesar do interesse de Marinakis, a compra da SAF do Vasco não é tarefa fácil. O clube enfrenta uma disputa judicial com a 777 Partners, que, por meio da seguradora A-CAP, ainda detém controle sobre parte da SAF.
O CRVG move uma ação para rescindir o contrato com a empresa estadunidense, alegando problemas como inadimplência e gestão temerária. O clube argumenta que essas práticas comprometem o futuro da SAF e não refletem os interesses dos vascaínos.
Outro ponto de tensão é o valor da causa: enquanto o Vasco estimou o valor em R$ 1 milhão, a 777 Partners o calculou em R$ 700 milhões, valor equivalente ao contrato original. A arbitragem foi suspensa temporariamente, mas agora, com a retomada, ambas as partes buscam resolver o futuro da SAF vascaína e, possivelmente, abrir espaço para um novo investidor.
Com o avanço da arbitragem, a situação jurídica se torna um fator determinante para definir os rumos do Vasco e a possibilidade de concretizar a venda para um investidor como Marinakis.
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