O Vasco deu um passo importante na modernização de São Januário. O clube assinou uma carta de intenções com o empresário Roberto Medina, criador do festival Rock in Rio, para estruturar a agenda de eventos e negócios no futuro estádio. A proposta vai além do futebol: a nova casa cruzmaltina pode se tornar também palco de grandes shows e produções culturais, ampliando as fontes de receita do clube.
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Estádio reversível para shows e eventos
Com a reforma ainda em fase de estudos e sem data para início, o projeto do novo São Januário prevê um estádio com estrutura reversível, ou seja, que possa ser adaptado para receber eventos culturais e artísticos. A iniciativa de buscar Medina surgiu a partir do interesse do próprio grupo do empresário, que procurou o Vasco com uma proposta concreta.
Segundo o segundo vice-presidente geral, Renato Brito Neto, o clube também negocia com um banco de investimentos e contratou uma consultoria especializada em negócios para arenas esportivas:
“A gente está negociando com uma empresa muito grande do mercado de shows, que procurou o Vasco. Essa empresa vai trazer com ela um parceiro financeiro. Foi bem bacana.”
Capacidade entre 43 mil e 57 mil pessoas
Ainda em debate, a capacidade total do novo estádio dependerá do resultado do estudo econômico-financeiro. A estimativa atual varia entre 43 mil e 57 mil lugares, podendo aumentar em dias de shows com a instalação de plateia no gramado — estratégia similar à utilizada no Nilton Santos, que salta de 45 mil para cerca de 60 mil pessoas.
Essa versatilidade é fundamental para o modelo de negócios que o clube pretende adotar, apostando em grandes eventos como forma de rentabilizar o espaço e atrair novos públicos.

Mobilidade e integração com a Barreira do Vasco
Outro ponto central é a melhoria da mobilidade no entorno de São Januário. O Vasco já apresentou estudos que incluem melhor circulação de veículos, nova ambientação visual e acessos mais seguros até a estação de BRT da Avenida Brasil. O projeto prevê também a inclusão social das comunidades próximas, como a Barreira do Vasco, que será envolvida em todo o planejamento.
Apesar do otimismo e da movimentação nos bastidores, a obra ainda não tem data para sair do papel. O clube precisa constituir uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) e, principalmente, avançar na venda do potencial construtivo, que ainda está em fase embrionária — atualmente, apenas 1/5 dos R$ 500 milhões previstos foram arrecadados.
O presidente Pedrinho já havia indicado o início das obras para janeiro de 2025, mas o cronograma foi adiado. O acerto com Roberto Medina e a projeção de grandes eventos podem ser o impulso necessário para acelerar esse ambicioso projeto.

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