Crise política no Vasco? Conselheiros rompem com Pedrinho e renunciam

A crise política no Vasco se intensificou com a renúncia de Julio Brant, Clóvis Munhoz, Eduardo Raia e Ricardo Cotta ao Conselho Deliberativo do clube. Os quatro ex-membros eram aliados de Pedrinho, mas decidiram se afastar da gestão após divergências sobre o rumo da administração.

Na carta de renúncia, os ex-conselheiros criticaram a condução do rompimento com a 777 Partners, a demora na reforma de São Januário e os problemas no futebol. Além disso, apontaram que o Vasco voltou a ser um “cabide de empregos” e cobraram mais transparência na administração.

Ruptura com Pedrinho e críticas à gestão

Brant, que apoiou Pedrinho na eleição de 2023, afirmou que a decisão foi motivada pelo não cumprimento de acordos básicos. Ele destacou a falta de transparência nas contratações e a insegurança jurídica gerada pelo rompimento com a 777 Partners, o que afastou potenciais investidores da SAF do Vasco.

“A judicialização trouxe insegurança à Vasco SAF, afastando investidores que poderiam aportar o tão necessário recurso para o clube voltar a ser competitivo”, afirmou.

Outro ponto citado foi a falta de meritocracia, com indicações políticas em cargos importantes, além de atrasos na divulgação dos balancetes financeiros.

São Januário e dificuldades no futebol

Os renunciantes também criticaram a falta de avanço na reforma de São Januário, que depende da venda do potencial construtivo do estádio para ser viabilizada. Segundo eles, a atual gestão não conseguiu atrair investidores para concretizar o projeto.

No futebol, a insatisfação é grande. Brant e os demais alegam que as contratações foram mal planejadas, caras e sem critérios técnicos claros, prejudicando o desempenho do time em campo.

Apesar da saída do Conselho, os ex-membros garantem que continuarão fiscalizando e cobrando a gestão. A renúncia aumenta o isolamento político de Pedrinho, que agora enfrenta maior oposição dentro do próprio clube.

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