Pedrinho, presidente do Vasco
Foto: Marcelo Wance/Vasco

Vasco contesta cobrança milionária de ex-técnico e apresenta provas em sua defesa

A passagem de Ramon Díaz pelo Vasco ganhou novos capítulos fora dos gramados. Isso porque sua saída do clube em abril de 2024 continua gerando polêmica. Após a goleada por 4 a 0 sofrida para o Criciúma em São Januário, o treinador argentino deixou o comando da equipe. O Cruzmaltino anunciou a saída nas redes sociais, afirmando que o técnico e seu filho, Emiliano Díaz, auxiliar técnico, não faziam mais parte da comissão técnica.

No entanto, Ramon Díaz contesta a versão do CRVG. Segundo ele, não houve pedido de demissão e alega que só soube de sua saída pelas redes sociais. Em entrevista, seu filho Emiliano afirmou que ambos foram demitidos via Twitter, o que consideraram uma falta de respeito.

Vasco; Ramón Díaz e filho
Emiliano e Ramón Díaz em seus tempos na Colina – Foto: Leandro Amorim

Caso foi pra Justiça

A divergência sobre a forma da saída levou o caso à Justiça. Ramon Díaz acionou o Vasco na FIFA, cobrando cerca de R$ 30 milhões referentes à multa rescisória prevista em contrato, alegando demissão unilateral.

Por outro lado, o CRVG também ingressou com uma ação no processo, alegando que não o demitiu. Segundo a defesa vascaína, a iniciativa de romper o contrato partiu do próprio técnico, o que inverteria completamente a situação: em vez de receber, o argentino teria que pagar o valor previsto em cláusula contratual como multa por rescisão unilateral. Para isso, apresentou depoimentos de jogadores e funcionários que presenciaram o suposto pedido de demissão do argentino.

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Disputa jurídica segue sem sentença, mas Vasco está otimista

O julgamento do caso já foi realizado, mas até o momento, a sentença não foi divulgada. Nos bastidores, o Vasco demonstra forte otimismo quanto ao desfecho do processo, apostando em documentos e argumentações que comprovariam que a saída do treinador foi espontânea. A expectativa inicial era de que a decisão judicial fosse proferida ainda nesta semana, o que não se concretizou.

Enquanto aguarda o desfecho jurídico, o clube carioca reforça que está seguro de sua posição e demonstra confiança em uma decisão favorável, acreditando ter elementos sólidos para sustentar sua defesa.

Felipe Carregal Sztajnbok, vice-presidente jurídico do Vasco associativo — Foto: Marcelo Wance/Vasco da Gama