A primeira derrota do Vasco no Campeonato Brasileiro levantou questionamentos importantes sobre decisões técnicas e o emocional do elenco. Neste sábado (5), o time cruz-maltino foi superado pelo Corinthians por 3×0, na Neo Química Arena, em São Paulo. O revés, no entanto, não chamou atenção apenas pelo placar elástico, mas principalmente pela escalação alternativa escolhida por Fábio Carille.
Durante a entrevista coletiva pós-jogo, o técnico justificou a opção por utilizar apenas três titulares entre os 11 iniciais. Segundo ele, a decisão considerou o desgaste físico provocado pela sequência intensa de partidas e viagens. Ainda assim, o desempenho do time gerou críticas de torcedores e análises severas por parte de atletas e comissão.
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Treinador aponta desgaste e explica escolha por time alternativo
Fábio Carille afirmou que precisava poupar jogadores por precaução médica e física. O treinador mencionou o caso de Philippe Coutinho, que já sofreu duas lesões musculares nesta temporada, como exemplo de risco a evitar. Além disso, Carille destacou que os dados da preparação física alertaram sobre a necessidade de rodar o elenco, especialmente considerando o calendário apertado.
“A decisão final da escalação é minha, mas tenho que respeitar todos. Em algum momento a gente teria que fazer isso. Jogamos domingo e quarta com viagem. Depois tem terça, sábado e terça novamente, lá no Ceará. Os números mostraram que deveríamos ter uma certa preparação. Perdi o Coutinho duas vezes esse ano. Temos que controlar, sim. A decisão é minha, mas tenho que respeitar o que escuto e tomar a decisão.”
Mesmo assumindo total responsabilidade pela escalação, Carille ressaltou que todas as decisões são discutidas com o departamento médico, a comissão técnica e o setor de desempenho. No entanto, ele reconheceu que a equipe voltou a sofrer com um antigo problema: a perda de confiança após erros em campo.
“Voltamos, no meu modo de ver, a errar e perder a confiança. Isso não é de hoje, é de anos atrás pelo que estão aqui e me falam. O futebol é um jogo de erros. Para mim, isso voltou. Estava um jogo controlado, saímos errado e tomamos o gol. Nos perdemos dentro de campo. É um trabalho de conscientização. É um trabalho meu e de toda a comissão.”

Vasco repete falhas e vê emocional abalar rendimento coletivo
O técnico lamentou o fato de o time ter perdido o controle emocional após o primeiro gol sofrido. Segundo ele, o grupo ainda carrega traumas de temporadas anteriores, marcadas por instabilidade e rebaixamentos. Essa herança psicológica, segundo Carille, afeta diretamente o desempenho, especialmente quando os erros começam a se repetir dentro de uma mesma partida.
O atacante Pablo Vegetti, por sua vez, foi direto ao criticar os erros considerados “infantis”. Ele afirmou que não há desculpas para tamanha desatenção, mesmo com mudanças na escalação. Para o argentino, o problema é coletivo e precisa ser corrigido com urgência, começando já no setor ofensivo.

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