A derrota do Vasco para o Fluminense, de virada, por 2 a 1 no Maracanã, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, ganhou contornos inusitados após a coletiva de Fernando Diniz. O treinador revelou um erro na comunicação com o quarto árbitro durante uma substituição que alterou os planos táticos da equipe.
Diniz revela erro em substituição e explica decisão
Segundo o técnico, a ideia era manter o meio-campo mais compacto diante da pressão do Fluminense, mas uma falha de entendimento fez com que Hugo Moura fosse substituído por Paulinho, quando na verdade a saída seria de Nuno Moreira. O quarto árbitro teria se confundido com os nomes no momento da troca:
“A primeira troca que eu fiz eu deixei o time parecido com o que vinha jogando. Se a gente precisasse, tinha a opção de recuar o Hugo Moura, mas o jogo estava empatado e eu esperei para ver como o time ia se comportar. Fiz uma troca de um zagueiro por um zagueiro. O Luiz (Gustavo) estava amarelado, estava indo muito à caça. Freitas vinha jogando, jogador que eu gosto também. E tirei o Mateus Cocão, e coloquei o Adson para ficar mais ofensivo. Depois, coloquei o Paulinho, mas a verdade é que era para ter entrado no lugar do Nuno Moreira ali. Ele falou o nome, mas o quarto árbitro entendeu errado.”
Na sequência, Tchê Tchê também pediu para sair, o que obrigou o técnico a lançar Sforza. Fernando Diniz lamentou o episódio e pontuou que a organização da equipe foi prejudicada. Segundo ele, esse fator contribuiu diretamente para a perda do controle na etapa final:
“A gente ia fechar mais o meio, ajudar um pouco mais no lado forte do Fluminense. Aí, o Tchê Tchê pediu para sair e coloquei o Sforza porque já tinha saído Hugo Moura que não tinha que ter saído.”

Desfalques e sequência de jogos pesam na avaliação
Além da confusão nas substituições, Fernando Diniz comentou sobre a sequência de jogos decisivos desde sua chegada ao Vasco. Um dos pontos destacados foi a ausência de Coutinho, suspenso após o cartão vermelho recebido contra o Fortaleza. Ele afirmou que, em um início de trabalho com pouco tempo de treinamento, a ausência de titulares afeta o rendimento coletivo:
“A distância é por conta da falta de tempo mesmo. A gente aprende a jogar assim. Poderia ter jogado melhor? Sim. O Fluminense exerceu uma pressão alta interessante. Vocês vão ver que com o tempo de trabalho a gente vai sair mais fácil. A ausência do Coutinho compromete um pouco. Nessa fase inicial, as informações são majoritariamente para os jogadores titulares.”
Diniz reconheceu que o Fluminense exerceu uma pressão eficiente, principalmente no segundo tempo. Ele apontou que, apesar de momentos equilibrados, a equipe não conseguiu sustentar a organização após as alterações, o que favoreceu a virada do adversário:
“O primeiro tempo foi mais equilibrado. Com as mudanças, a gente teve um pouco mais de controle, mas depois precisamos mexer de novo, perdemos organização, e o Fluminense teve mais domínio.”
Com o resultado negativo, o Vasco soma agora cinco derrotas em clássicos cariocas em 2025, com apenas uma vitória em sete confrontos. No Maracanã, a equipe até saiu na frente com gol de João Victor, mas sofreu a virada com um gol contra de Vegetti e outro de Guga.
Na Copa Sul-Americana, o Gigante tem uma decisão contra o Melgar, em São Januário, na próxima terça-feira. No Brasileirão, volta a campo no sábado, diante do Bragantino, também em casa. A expectativa é de uma reação que possa recolocar o clube nos trilhos e evitar arrependimentos no fim da temporada.
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