O Vasco não foi capaz de traduzir em campo a expectativa e atmosfera eletrizante que tomou conta de São Januário na última sexta-feira (8). Infeliz em sua estreia pela Série B do Campeonato Brasileiro, o Cruzmaltino herdou somente um ponto diante do Vila Nova, em um empate pelo placar de 1×1. Além de apresentar uma atuação pouco inspirada, a equipe também se vê envolta em uma polêmica entre seu treinador, Zé Ricardo, e um de seus nomes mais confiáveis no elenco titular, episódio que foi alvo de comentários do próprio treinador pós-jogo.
Vasco x Vila Nova: Veja os gols e melhores momentos do jogo
O clima ruim entre ambas as partes teria se iniciado ainda dentro de campo, aos 25 minutos da segunda etapa. Em meio às diversas alterações que o comandante estava promovendo para tentar inflamar a equipe dentro de campo, Zé Ricardo optou por retirar Nenê, que não mediu esforços ao mostrar sua insatisfação com a mudança. O veterano esbravejou em sua caminhada em direção ao banco de reservas, chegando a atirar a faixa de capitão no chão e gesticular em direção à área técnica para demonstrar sua discordância.
O estranhamento, aparentemente, não parou por aí. Segundo o que foi reportado pelo portal Globo Esporte, na saída da coletiva de imprensa, Zé chegou a encontrar Nenê enquanto o jogador atendia uma criança na porta do vestiário. O treinador também fez questão de cumprimentar o jovem torcedor, em seguida evitando olhar para o integrante de seu elenco, que por sua vez também não fez questão de estabelecer contato.

“A gente não teve conversa depois do jogo. No vestiário, só fizemos a roda. Não tive conversa. Cabeça quente. Não foi a primeira vez que o Nenê fez isso, em outros clubes ele também já fez. Ele quer jogar o tempo todo. É nossa referência. Naquele momento, entendi que o primeiro volante do Vila Nova estava tendo facilidade para jogar”, disse Zé Ricardo após a partida.
O treinador ainda completou esclarecendo sua razão por trás da mudança que gerou tanta revolta. “O Vasco não conseguia com ele ou com o Raniel fechar as diagonais. Não estávamos conseguindo pressionar a saída de bola do adversário. Então eu entendia sangue novo poderia resolver. Tanto Getúlio, quanto Figueiredo poderiam fazer essas funções, sem deixarmos de ser agressivos, de ter presença na área. Essa foi a decisão. Entendo que foi uma reação de quem desejava estar em campo”, finalizou.
AGENDA
Buscando esquecer a atuação ruim apresentada na primeira rodada, o Vasco poderá aproveitar um período de oito dias de treinamentos até voltar à campo em seu segundo desafio, diante do CRB, no Estádio Rei Pelé, em duelo que está marcado para o dia 16 de abril, às 19h.
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