O futebol tem dias que falam mais alto do que qualquer discurso. Neste sábado (13), São Januário viveu um desses momentos raros, em que o presente se curva ao passado com reverência, respeito e orgulho. No dia em que Roberto Dinamite completaria 71 anos se estivesse entre nós, o Vasco da Gama não apenas venceu: homenageou, emocionou e fez justiça à grandeza do seu maior ídolo.
Foi impossível não se arrepiar ao ver as arquibancadas vibrando antes e depois do apito final, com aplausos, faixas e a memória viva daquele que moldou a alma vascaína a cada gol, a cada arrancada, a cada domingo vestido de preto e branco. A energia no ar era diferente — como se Roberto ainda estivesse ali, presente entre os degraus de concreto, assistindo ao jogo ao lado do povo que sempre o venerou.
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A homenagem veio em forma de gols
E se o futebol tem sua poesia própria, ela se escreveu com perfeição. A vitória por 3 a 1 sobre o Sport teve dois nomes muito simbólicos: Vegetti e Rayan. Dois centroavantes natos. Dois homens de área. Dois jogadores que, cada um a seu modo, carregam a responsabilidade de vestir uma camisa em um clube que teve o MAIOR DE TODOS.
Vegetti, já consolidado como referência técnica e emocional do time, marcou dois gols — ambos com presença de área, faro de gol, algo que Roberto sempre teve em abundância. Já Rayan, cria da base e apontado como promessa há anos, deixou sua marca como quem entende o peso da data. E entendeu. Ao balançar a rede, celebrou mais do que um gol: prestou tributo a quem abriu o caminho para todos os atacantes que passaram por ali.

Roberto Dinamite, eternamente presente
O Vasco não é só um clube de futebol. É um sentimento moldado por personagens imortais. E entre eles, nenhum é maior que Roberto Dinamite. Seus 708 jogos, seus 190 gols em Brasileiros, seus títulos, seu legado dentro e fora de campo — tudo isso continua reverberando a cada vez que a bola rola em São Januário.
Na véspera em que completaria mais um ano de vida, Roberto foi lembrado como deve ser: com gratidão, com saudade e com gol. O Vasco venceu. Os centroavantes brilharam. A Colina cantou. E o torcedor saiu do estádio com a certeza de que, mesmo ausente fisicamente, Dinamite está e sempre estará ali — em cada faixa, em cada criança com a camisa 10, em cada chute certeiro ao fundo da rede.
Ontem, o futebol foi generoso. E o Vasco, mais do que nunca, foi gigante como seu maior ídolo.

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