Ramon Lima analisa empate entre Vasco e Bangu e detalha planejamento com elenco alternativo: “Conversei com o Carille”

Na última quinta-feira, o Vasco empatou sem gols com o Bangu em São Januário, em partida válida pelo Campeonato Carioca. Com uma equipe alternativa reforçada por alguns jogadores do elenco principal, o time cruz-maltino apresentou desempenho superior no segundo tempo, mas não conseguiu sair do 0x0.

Após o jogo, o técnico interino Ramon Lima participou de uma entrevista coletiva e comentou sobre o planejamento definido junto ao treinador efetivo Fábio Carille para dar minutagem aos jogadores.

“Acho que o período é curto para trabalhar, mas temos que nos acostumar com isso, é a realidade. O que a gente tem pautado é, no pouco tempo que tem de treino, fazer bem feito. Claro que as mudanças de hoje foram planejadas, a gente sabia que iam vir jogadores para ganhar minutagem. E acho que hoje foi positivo porque a entrada desses jogadores mais experientes melhorou claramente a equipe no segundo tempo. Essa é a realidade com a qual temos que nos acostumar. Temos que fazer bem feito com o pouco tempo que temos.”

Entre os atletas que receberam oportunidade, destaque para Souza, titular na defesa, e para Paulinho, Jair, Maxime Dominguez e Jean David, que entraram no segundo tempo. Segundo Ramon, o planejamento para o uso dos jogadores foi previamente discutido com Carille:

“Tive uma conversa com o Fábio anteontem, tivemos uma reunião e decidimos dar mais minutagem a alguns jogadores, casos do Maxime, do Jean, do Jair, do Paulinho, do próprio Souza. A gente já tinha um planejamento para o Jair e para o Paulinho de 45 (minutos). O Maxime também, o Jean um pouco menos, cerca de 30 minutos. O Souza a gente ia sentir no jogo, acabou suportando tudo.”

Sentimento de insatisfação no elenco do Vasco

O empate em casa deixou o elenco insatisfeito, como relatou Ramon:

“Todo mundo está muito insatisfeito, mais um empate em casa. Mas eles têm que se acostumar com isso, faz parte da profissão que eles escolheram, não dá para passar a mão na cabeça. Eles têm que criar casca. A gente vai blindar, mas enfrentando as dificuldades. Eles estão insatisfeitos.”

O técnico destacou que o elenco está sendo trabalhado em três frentes, incluindo os profissionais, os jovens cedidos para a Copinha e os atletas com ele no Carioca:

“Acredito que o planejamento é esse. Vamos ter um jogo na sexta agora. Passando, se não me engano joga domingo. Teriam que passar mais duas fases para serem utilizados na próxima. A gente está dividindo o elenco praticamente em três. Tem o profissional com o Fábio (Carille), o que está comigo e o que está na Copinha. Exemplo disso são o Lyncon e o Alegria, que a gente cedeu para esse jogo decisivo e para amanhã, que é uma fase decisiva. E estamos dividindo forças para tentar equilibrar de alguma forma.”

Ramon apontou diferenças estratégicas entre os dois tempos da partida, elogiando a postura do time na segunda etapa:

“Cada jogo tem sua história. O do Nova Iguaçu a gente sabia que eles tinham mais tempo de trabalho e que iam marcar a gente no individual, com bloco alto. A ideia era atrair os jogadores e ter esses quatro na frente, fazendo o movimento para tentar ganhar vantagem em cima da linha do adversário. Para o jogo de hoje, a história era totalmente diferente. O Bangu ia vir negando espaço nas costas, ia dar um pouquinho o entrelinhas e o jogo pelos lados.”

“O segundo tempo tem que ser a nossa cara, e não o primeiro tempo. Conseguimos empurrar o Bangu para o campo de defesa, conseguimos criar volume de finalização e de posse de bola com objetivo. No primeiro, progredimos e finalizamos pouco. O que eu falo é de comportamento, independentemente de peça.”

O Vasco retorna aos gramados no próximo domingo, às 19h, para enfrentar o Boavista, em Bacaxá, pela terceira rodada da Taça Guanabara.