Um novo São Januário, uma nova casa pro Vasco.
Foto: Projeto: Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

Com aval do Conselho, projeto estratégico do Vasco ganha fôlego

A criação da Sociedade de Propósito Específico (SPE), aprovada pelo Conselho Deliberativo do Vasco da Gama, abriu um novo capítulo no projeto de reforma de São Januário. Com o aval interno, o clube agora espera acelerar a venda do potencial construtivo do estádio, condição essencial para a captação dos recursos necessários à obra.

O objetivo da diretoria é concluir o registro da SPE nas próximas semanas, o que permitirá à nova empresa começar a assinar escrituras de venda e receber o valor referente aos 280 mil m² disponíveis para negociação. Deste total, 50 mil m² já foram vendidos, e há conversas avançadas para outras fatias significativas do ativo.

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São Januário
O entorno da Colina será modificado – Foto: Projeto de Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias

SPE viabiliza modelo de captação e operacionalização da obra

A SPE é uma empresa com controle exclusivo do Vasco, criada para emitir, vender e administrar os certificados de potencial construtivo. Além disso, ela será responsável por todo o processo da reforma, mantendo interlocução direta com a Prefeitura do Rio de Janeiro. O clube contratou duas empresas especializadas — Primaz Corporate e Grupo Lopes — para atuar na captação e negociação dos certificados.

A expectativa é que a Assembleia Geral Extraordinária que definirá a implementação oficial da SPE com participação dos sócios estatutários aconteça entre os dias 15 e 25 de maio. Somente após a conclusão deste processo legal é que o clube poderá, de fato, receber os valores arrecadados.

A Lei Complementar nº 272/2024, aprovada no ano passado, determina que a criação de uma SPE seja obrigatória para regulamentar o modelo de reforma com base na venda de potencial construtivo. O projeto de modernização do estádio ainda depende da conclusão desta etapa para sair do papel.

Venda da Vasco SAF
Diretoria do Vasco se mobiliza por São Januário – Foto: Marcelo Wance

Reformas no entorno e capacidade ainda indefinidas

Outro ponto relevante é a obrigatoriedade legal de que 6% da receita gerada pela venda do potencial construtivo seja destinada a obras de infraestrutura urbana no entorno de São Januário. O clube apresentou à Prefeitura um projeto inicial com foco em melhorias de mobilidade, incluindo a construção de um caminho direto até a estação mais próxima do BRT, alargamento de vias e reordenamento urbano da região.

Apesar do avanço nos trâmites administrativos, ainda não há definição exata sobre a capacidade final do novo estádio. A diretoria trabalha com projeções entre 43 mil e 57 mil lugares, mas o número definitivo depende de consultorias técnicas e estudos financeiros em andamento. O orçamento total também segue em análise, sem valor fechado até o momento.

Novo São Januário, a casa do Vasco
A Colina Histórica será do tamanho do Gigante – Foto: Projeto de Sergio Moreira Dias, Felipe Nicolau, Willian Freixo, Clarissa Pereira e Ana Carolina Dias