A gestão de Pedrinho à frente do Vasco marca um momento crucial para o clube. O presidente enfrenta o desafio de solucionar problemas financeiros acumulados ao longo de décadas. Com um plano inovador, ele busca equilibrar as dívidas trabalhistas, preservar as receitas e garantir a sustentabilidade financeira da instituição.
A implementação desse plano tem gerado altas expectativas entre torcedores e especialistas. Com a homologação do Tribunal Regional do Trabalho prevista para o início deste ano, o CRVG espera avançar nas negociações com seus credores. Esse movimento é um passo fundamental para reestruturar as finanças e construir um futuro mais promissor.
As informações são do portal ge.
Homologação do plano e adesão dos credores
A proposta, protocolada em dezembro de 2024, aguarda a análise da nova presidência do TRT-RJ. Com mais de 90% de adesão entre os 200 credores trabalhistas, o plano estabelece um teto de R$ 5 milhões por credor, congelando pagamentos que excedam esse valor enquanto aqueles abaixo recebem a quantia integral em até 10 anos.
O presidente da Assembleia Geral do clube, Alan Belaciano, destacou que, com essa medida, o Vasco poderá reduzir 30% do passivo total de R$ 250 milhões para R$ 150 milhões, sem deságio para valores abaixo do limite.

Redução de juros e prazos estendidos
Outro destaque do plano é a substituição da taxa Selic por uma correção baseada no IPCA-E, acrescida de juros anuais de 2%. Essa alteração reduz significativamente o custo das dívidas, que antes geravam cerca de R$ 40 milhões anuais em juros. A renegociação inclui repasses trimestrais ao longo de 10 anos, com flexibilização para antecipação com deságios opcionais de 30%.
Investimento no futebol e em estrutura do Vasco
Com a previsão de reduzir os pagamentos anuais aos credores de R$ 50 milhões para R$ 10 milhões, o Vasco planeja direcionar recursos adicionais para o futebol e melhorias estruturais. Esse redirecionamento é essencial para fortalecer a competitividade do clube em competições nacionais e internacionais.
Aporte de receitas extraordinárias
O plano prevê a destinação de 6% das receitas extraordinárias líquidas, como vendas de jogadores e premiações, para a quitação das dívidas trabalhistas. No entanto, esse montante será limitado a R$ 5 milhões anuais. Credores interessados poderão optar por um pagamento antecipado com deságio de 30%, distribuído em quatro parcelas trimestrais.
Penalidades e rigor no cumprimento
O acordo também estabelece penalidades rigorosas para atrasos nos pagamentos, incluindo multas de até 15% e juros adicionais de 1% ao mês. Esse mecanismo reforça o compromisso do Vasco com a execução do plano, garantindo maior segurança para credores e investidores.
Com esse modelo, o Vasco calcula que conseguirá quitar até 80% das dívidas trabalhistas. Os repasses estão escalonados para os próximos cinco anos, começando com valores menores e aumentando gradualmente. Confira as projeções iniciais:
- 2025: R$ 15 mil por credor como parcela inicial
- 2026: R$ 1,5 milhão
- 2027 a 2029: Entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões anuais
- 2030: R$ 25 milhões
O plano ainda contempla ajustes futuros para negociação de dívidas cíveis, adotando uma postura mais agressiva em termos de deságios.

Leia mais:
Veja mais notícias do Vasco, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos do Clube de Regatas Vasco da Gama.