Pedrinho, presidente do Vasco
Foto: Marcelo Wance

“Z4 durante a Copa do Mundo de Clubes é inaceitável”: Viagem de Pedrinho com a CBF em momento crucial revolta torcida do Vasco

Presidente viaja e diretoria segue sem comando claro às vésperas da janela de transferências

Por Alvaro Tallarico

Enquanto o Vasco sofre após uma derrota para o Bragantino, a primeira da história em São Januário, o presidente Pedro Paulo, vulgo Pedrinho, embarca para integrar a comissão da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Serão 10 dias longe do clube em plena turbulência e com uma janela de transferências se aproximando.

Por um lado é ótimo que Pedrinho esteja mais próximo e forte com a CBF. Por outro, é inegável que não temos sequer um diretor executivo no momento e a torcida se revolta com ele saindo exatamente agora perto da janela. Nas redes socias as críticas são muitas.

A recente vitória judicial contra a 777 Partners não pode servir de cortina de fumaça para alguns erros graves da atual gestão. Falta profissionalismo e sobram interferências políticas e escolhas duvidosas. Jogadores chegaram por amizade, indicações suspeitas ou interesses paralelos. Isso mina a credibilidade da diretoria e a confiança da torcida.

Com um calendário rarefeito nos próximos 42 dias, o Vasco tem uma chance de ouro para reavaliar rotas, corrigir erros e, quem sabe, reconstruir a identidade dentro e fora das quatro linhas.

Mas o tempo é curto, e o risco de ficar no Z4 durante a Copa do Mundo de Clubes é real e inaceitável. Diniz está fazendo o possível e assumindo os problemas, mas não pode ficar tudo na conta dele.

Vasco da Gama x Melgar - Conmebol Sudamericana - 27/05/2025. Fotos: Matheus Lima/Vasco.
Fotos: Matheus Lima/Vasco

O momento exige mais do que promessas: exige ação. A torcida não aguenta mais a repetição de erros, o discurso vazio e o amadorismo disfarçado de boa vontade. É preciso profissionalismo, transparência e decisões técnicas.

O Vasco é grande demais para ser refém de vaidades e improvisos. Que essa pausa sirva de lição e virada. Porque, se nada mudar, continuaremos colecionando vexames. E a torcida, mais uma vez, será a maior vítima.