Presidente viaja e diretoria segue sem comando claro às vésperas da janela de transferências
Por Alvaro Tallarico
Enquanto o Vasco sofre após uma derrota para o Bragantino, a primeira da história em São Januário, o presidente Pedro Paulo, vulgo Pedrinho, embarca para integrar a comissão da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Serão 10 dias longe do clube em plena turbulência e com uma janela de transferências se aproximando.
Por um lado é ótimo que Pedrinho esteja mais próximo e forte com a CBF. Por outro, é inegável que não temos sequer um diretor executivo no momento e a torcida se revolta com ele saindo exatamente agora perto da janela. Nas redes socias as críticas são muitas.

A recente vitória judicial contra a 777 Partners não pode servir de cortina de fumaça para alguns erros graves da atual gestão. Falta profissionalismo e sobram interferências políticas e escolhas duvidosas. Jogadores chegaram por amizade, indicações suspeitas ou interesses paralelos. Isso mina a credibilidade da diretoria e a confiança da torcida.
Com um calendário rarefeito nos próximos 42 dias, o Vasco tem uma chance de ouro para reavaliar rotas, corrigir erros e, quem sabe, reconstruir a identidade dentro e fora das quatro linhas.
Mas o tempo é curto, e o risco de ficar no Z4 durante a Copa do Mundo de Clubes é real e inaceitável. Diniz está fazendo o possível e assumindo os problemas, mas não pode ficar tudo na conta dele.

O momento exige mais do que promessas: exige ação. A torcida não aguenta mais a repetição de erros, o discurso vazio e o amadorismo disfarçado de boa vontade. É preciso profissionalismo, transparência e decisões técnicas.
O Vasco é grande demais para ser refém de vaidades e improvisos. Que essa pausa sirva de lição e virada. Porque, se nada mudar, continuaremos colecionando vexames. E a torcida, mais uma vez, será a maior vítima.
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