Pássaro compara Vasco ao São Paulo na hora de negociar com os empresários: ”É diferente”

Depois de sair do Vasco por conta do fracasso na Série B, Alexandre Pássaro concedeu uma entrevista para a SportTV nesta quinta-feira e falou sobre diversos assuntos relacionados ao clube. Em um dado momento, o diretor executivo foi questionado sobre a diferença de trabalhar no Cruz-maltino e no São Paulo. Segundo ele, a forma como os empresários enxergam os clubes na hora de negociar é diferente. Os argumentos não são os mesmos, a pesar de se tratarem de duas equipes grandes.

Alexandre Pássaro não ficou no Vasco para 2022
Alexandre Pássaro não ficou no Vasco para 2022

”São clubes de grandezas iguais. Mas comparando no mercado, na visão de empresários e jogadores, é diferente. As preocupações do Vasco eram diferentes. Se eu estou contratando o Nenê no Vasco, ele não tem essa preocupação se vai jogar. Mas ele tem preocupação com estrutura, recebimento de salários, então essas diferenças foram grandes para mim, de como convencer jogadores e empresários”, disse Pássaro, que prosseguiu.

”Aqui (no Vasco) as preocupações eram muito mais financeiras. No Vasco ninguém estava preocupado com questão de multas, até porque fizemos muitos contratos curtos para evitar problemas. Mas no dia a dia do trabalho, a pressão é igual, a necessidade de vencer igual, a estrutura de trabalho, depois de um trabalho que fizemos, é igual”, comentou.

Germán Cano também foi assunto na entrevista com o ex-diretor executivo do Vasco

Pássaro também comentou sobre Germán Cano, que acabou deixando o clube nas últimas semanas. O argentino não renovou o contrato e está livre no mercado. O gerente explica a situação e ainda garante que o argentino sentirá falta de São Januário.

Alexandre Pássaro falou sobre vários assuntos relacionados ao Vasco
Alexandre Pássaro falou sobre vários assuntos relacionados ao Vasco

”Posso falar do momento que estava lá. Não sei o que aconteceu depois. Quando o Vasco foi rebaixado para Série B, nós tivemos oito dias entre o rebaixamento e a estreia no Carioca. Foi uma coisa insana. Chamei o Cano na minha sala, expliquei como eu pensava o trabalho e pedi para que ele nos desse uma chance de ficar. Ele tinha muito assédio, o Vasco tinha uma dívida com ele, que tinha uma situação contratual confortável para sair. No dia da minha despedida, ele disse que não se arrependia, pois fizemos um trabalho legal”, disse o gerente, que emendou.

”No dia após o jogo contra o Botafogo, recebi o empresário, já sabia que eu sairia, mas queria deixar as coisas encaminhadas. Externei o desejo de renovação, mas acabei saindo três dias depois. Foi o último contato. Acabei falando com ele agora, depois que ele saiu. Mas é um atleta que participou de uma equipe que foi rebaixada e outra que não subiu. E ele tem uma média de quase 0,5 por jogo. Sou testemunha de quanto ele trabalha. Tenho certeza que, assim como a torcida ficou carente dele, ele também vai sentir muita falta do Vasco”, afirmou.