Ronaldinho (BRA) - Bresil / Mexique - 19.06.2005 - Coupe des confederations 2005 - Hanovre - Photo by Icon Sport

Os Melhores Dribladores da História do Futebol: de Garrincha a Messi, a arte que nunca morre

O drible é a essência do futebol. Mais do que uma ferramenta técnica, é uma forma de expressão, um gesto artístico que sintetiza improviso, coragem e genialidade. Dos campos de terra às arenas digitais, driblar é desafiar o previsível. Ao longo da história, poucos jogadores conseguiram transformar esse gesto em uma linguagem universal. Entre eles, os nomes que surgem com unanimidade — Messi, Maradona, Garrincha, Ronaldinho, Ronaldo, Pelé, Zidane, Cruijff, George Best, Neymar e Jay-Jay Okocha — representam diferentes eras, estilos e interpretações do que significa enganar o adversário com a bola nos pés.

Compreender essa arte do improviso e da leitura do jogo é também entender a lógica por trás das decisões esportivas — e esse tipo de conhecimento pode ajudar quem busca onde apostar com segurança no Brasil a interpretar melhor o esporte, os jogadores e os momentos que realmente fazem a diferença em campo.

1. Lionel Messi – O drible como cálculo e istinto

Nenhum jogador combinou controle, precisão e efetividade no drible como Lionel Messi. O argentino não é apenas o número um dessa lista por estética, mas por ciência: segundo dados do StatsBomb e da Opta, Messi manteve por mais de uma década uma média superior a 5 dribles bem-sucedidos por jogo, com taxa de acerto acima de 60%, algo inédito em nível de elite.

Sua técnica é minimalista. Ao contrário de Ronaldinho, que teatraliza o movimento, Messi dribla com economia de gestos, com o centro de gravidade baixo e o toque curto de esquerda, capaz de mudar de direção em milissegundos. O drible de Messi é a tradução da física aplicada ao futebol: controle de aceleração, tempo de reação e leitura espacial.
Contra adversários de todas as gerações — de Sergio Ramos a Van Dijk — ele mostrou que o drible pode ser tanto poesia quanto matemática.


2. Diego Maradona – A fúria e a pureza da improvisação

Se Messi é precisão, Maradona é emoção. O “Pibe de Oro” é o número dois, mas para muitos é o verdadeiro arquétipo do driblador: instintivo, selvagem, incontrolável. No Mundial de 1986, registrou 53 faltas sofridas — recorde absoluto —, muitas delas consequência de dribles curtos e desequilibrantes.

Maradona não driblava por vaidade, mas por sobrevivência. Cresceu entre adversários mais fortes e pesados, e sua técnica nasceu da necessidade de escapar. O “drible de rotação”, a condução com o pé colado na bola e o controle em alta velocidade tornaram-se marcas registradas. O gol contra a Inglaterra, em que superou meio time em 10 segundos, permanece a síntese máxima do drible como arte política e libertação pessoal.


3. Garrincha – O anjo das pernas tortas

Antes de Maradona e Messi, o drible era Garrincha. Nos anos 1950 e 60, o ponta-direita do Botafogo e da Seleção Brasileira redefiniu o conceito de “desmarcar o adversário”. Seu movimento previsível — fingir ir à esquerda e cortar para a direita — era tão perfeito que se tornava inevitável. Garrincha driblava até o cansaço, multiplicando fintas num mesmo lance, como se zombasse da lógica.

Segundo registros da FIFA, Garrincha foi responsável direto por 65% das jogadas que resultaram em gols do Brasil nas Copas de 1958 e 1962. Sua influência vai além das estatísticas: ele transformou o drible em alegria, em representação do improviso brasileiro.


4. Ronaldinho Gaúcho – O espetáculo consciente

Ronaldinho não apenas driblava — ele encenava o futebol. Seus elásticos, pedaladas, chapéus e passes de letra tornaram-no o símbolo do jogo-arte dos anos 2000. No Barcelona, foi o primeiro jogador a unir o freestyle de rua à eficácia tática do futebol europeu moderno.

O que diferencia Ronaldinho é a teatralidade com propósito. Ele criava ritmo, manipulava a velocidade do jogo, hipnotizava o marcador antes de executar o golpe. Seus números em dribbles completed na UEFA Champions League 2005–2006 superaram os de qualquer outro jogador europeu.


5. Ronaldo Nazário – O drible em velocidade

Se Ronaldinho é o artista, Ronaldo é o engenheiro do drible. O “Fenômeno” foi o primeiro a executar dribles a 35 km/h mantendo controle total. Em sua passagem pelo Barcelona (1996–1997), atingiu média de 6 dribles certos por partida, segundo estatísticas do Mundo Deportivo.

O diferencial de Ronaldo era a fusão entre força física e fineza técnica. Suas arrancadas curtas com mudanças de direção e domínio do corpo fizeram-no praticamente imparável. Para muitos analistas, ele antecipou a era dos atacantes híbridos, capazes de transformar o drible em arma de destruição tática.


6. Pelé – O equilíbrio entre drible e decisão

Pelé não era um driblador compulsivo, mas um driblador funcional. O rei driblava para finalizar. Sua condução curta, visão de espaço e uso perfeito do corpo fazem dele um dos mais eficientes dribladores da história. As estatísticas de dribles não eram registradas nos anos 60, mas vídeos restaurados mostram movimentos como o drible da vaca invertido, o “chapéu duplo” e cortes secos que anteciparam técnicas modernas.

Pelé elevou o drible à dimensão da eficiência: cada toque visava o gol, cada giro escondia uma decisão cirúrgica.


7. Zinedine Zidane – O controle total do espaço

Zidane representava o drible elegante, geométrico, quase acadêmico. Seu roulette (ou “virada de 360 graus”) tornou-se uma assinatura. Driblava em espaços mínimos, usando o corpo como eixo e o pé como compasso.

Para os analistas da UEFA, Zidane é o meio-campista com o melhor “controle de zona” da história recente: seu drible era ferramenta de domínio territorial, não apenas de espetáculo. Um verdadeiro coreógrafo do meio-campo.


8. Johan Cruijff – O drible como filosofia

Cruijff foi o primeiro a transformar o drible em pensamento coletivo. Inventor do “Cruyff Turn”, o holandês introduziu o conceito de enganar não só o marcador, mas todo o sistema defensivo. Seus dribles eram intelectuais — menos sobre superar o adversário e mais sobre deslocar o espaço de jogo.

Sua escola influenciou gerações, de Bergkamp a Iniesta. O drible de Cruijff era o nascimento do “futebol total”, onde técnica e tática se fundem.


9. George Best – O rockstar do drible

George Best foi o primeiro ídolo pop do futebol moderno. Com o Manchester United nos anos 60, combinou velocidade, irreverência e ousadia. Ele deslizava pelos zagueiros com o drible da ginga curta e mudança súbita de direção.

Best elevou o drible ao espetáculo televisivo — e sua influência estética ainda ecoa em jogadores como Cristiano Ronaldo e Neymar.


10. Neymar Jr – A herança viva da ginga

Neymar é o elo entre gerações. Filho da escola de Robinho e Ronaldinho, levou o drible brasileiro ao contexto europeu sem perder autenticidade. Em 2017, liderou a Champions League em dribles bem-sucedidos (10,5 por partida, segundo a UEFA).

Se Messi é o símbolo da eficiência, Neymar representa o prazer estético. É o último romântico do drible livre, desafiando a padronização tática do futebol moderno.


Menção Honrosa – Jay-Jay Okocha, o ilusionista africano

O nigeriano Jay-Jay Okocha talvez seja o driblador mais subestimado da história. Sua elasticidade corporal e domínio da bola lembravam um dançarino. Em 2004, no Bolton, liderou a Premier League em dribles por jogo. Era imprevisível, teatral, magnético.

Okocha encarnava o drible como espetáculo cultural — uma herança africana que influenciou gerações de jogadores de flair, como Demba Ba, Mahrez e Osimhen.

O drible como herança universal

Do barro de Pau Grande às gramas perfeitas do Camp Nou, o drible sobreviveu a todas as revoluções táticas. Garrincha o inventou como brincadeira; Maradona o usou como arma; Ronaldinho o transformou em arte; Messi o converteu em precisão científica.

No final, o drible é o que separa o futebol da mera competição: é a centelha que faz o torcedor levantar, o gesto que desafia a lógica. E, assim como a criatividade dentro de campo, conhecer as casas de apostas que oferecem bônus pode ampliar a experiência de quem acompanha o esporte com paixão e responsabilidade. Enquanto houver jogadores dispostos a arriscar um toque a mais, o futebol continuará sendo, antes de tudo, o jogo da imaginação.