Edmundo é simplesmente o espírito vascaíno em campo. Ninguém representou isso melhor que ele. E se você tem 40 anos ou mais, sabe do que estou falando. Só quem viveu os áureos anos 90 dentro da Colina sabe o que era assistir o Animal em campo.
Só quem esteve no Maracanã ou em São Januário cantando “Au au au, Edmundo é Bacalhau” pode entender a dimensão do ícone que ele se tornou mesmo tendo ganho apenas dois títulos com a camisa da cruz de malta.
E antes que falem algo, sei que ele nunca foi santo e nem passo pano para o infeliz acidente que ele se envolveu e matou duas pessoas. Sei que ele mostrou os bagos para a Força Jovem que o vaiava quando ele usava aquela camisa horrorosa.
Conheço todos os seus defeitos e só vou falar do que vi dele com a camisa do Vasco.
Edmundo surgiu para os vascaínos no Campeonato Brasileiro e Carioca de 1992. Ali, na competição local, liderado por um Roberto Dinamite eterno, o Vasco foi campeão estadual invicto no primeiro dos títulos do tricampeonato de 1994.
Após virar o melhor jogador do Brasil em 1993 e 1994 pelo Palmeiras, onde conquistou dois títulos brasileiros e ganhou o apelido de Animal, o craque voltou para a Colina em 1996 e aplicou um sonoro 4×1 no arquirrival Flamengo com direito a três gols.
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Edmundo e o ano mágico de 1997
Mas foi em 1997 que Edmundo foi para muitos, o melhor jogador do planeta (perdeu para um tal de Ronaldo Fenômeno) e trouxe o título que iniciou a era de ouro para o Vasco da Gama.
Naquele Campeonato Brasileiro, o craque só não fez chover mas aprontou de tudo. Apesar de já ter visto Roberto Dinamite e Geovani (ambos em final de carreira), Bismarck e Bebeto, foi com Edmundo que um sentimento de vascaíno aflorou naquele adolescente. Eu chamaria até de soberba porque ali entendi o tamanho do Gigante da Colina.
Eu poderia falar horas sobre aquele título, dos seis gols contra o União São João, do quadrangular final, do time que não perdia em casa nunca, mas vou me atentar ao meu primeiro Vasco x Flamengo no estádio e com consciência de jogo (estava no gol do Cocada mas tinha sete anos).
Ali, eu era um adolescente de 15 ou 16 anos e tudo que pode ser imaginado foi visto naquele jogo. Cantar alto com torcida “Ah é Edmundo” foi uma das grandes alegrias da minha vida.
Se você não viu (duvido!) ou quer rever, deixo essa reportagem do jogo abaixo:
Edmundo ganha homenagem especial
Tudo isso para lembrar do genial craque que Edmundo foi e está sendo homenageado hoje pelo Vasco com um material especial daquele inesquecível tricampeonato brasileiro.
O clube lançou a réplica oficial da camisa do craque na conquista do título em uma edição limitada que terá somente 1997 kits. Veja o tweet oficial abaixo:
Ídolo máximo de uma geração apaixonada que se via representada no craque dentro de campo. Merece demais!
Veja a entrevista especial da VascoTV com o ídolo de gerações que conta todos os detalhes do histórico ano de 1997. Com vocês, Edmundo de Souza Neto:
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