Neymar e Coutinho podem seguir no Brasil; Diniz banca camisa 11 no Vasco, mas diretoria impõe condição

Clube tem proposta na mesa e quer manter camisa 11 com salário menor; Diniz pede continuidade, mas divergências travam acordo

Com Neymar prestes a renovar com o Santos, outra estrela brasileira segue com o futuro indefinido: Philippe Coutinho ainda negocia sua permanência no Vasco da Gama. Embora o vínculo atual com o clube vá até dezembro de 2025, as conversas com o alto escalão vascaíno começaram a esquentar — e a ideia é evitar que se transforme em mais uma “novela” do futebol brasileiro.

A negociação entre as partes está em estágio inicial, mas o desejo mútuo pela permanência existe. O próprio Coutinho, que retornou ao Cruz-Maltino em maio de 2024 após passagem discreta pelo futebol do Catar, já sinalizou que não deseja voltar à Europa. Ele tem mostrado disposição para ajustar seu salário e seguir no clube, com quem mantém relação afetiva desde a base.

Apesar do esforço, há divergência nos termos. A diretoria do Vasco, liderada por Pedrinho, acredita que o custo atual do camisa 11 é alto diante do rendimento entregue em campo — e pretende apresentar uma nova proposta com valores reduzidos e foco em metas de produtividade, como número de partidas, gols e assistências. A equipe de Coutinho entende o cenário, mas ainda não há consenso.

Mesmo longe de seu auge, Coutinho segue sendo um nome forte no marketing do clube. Desde seu retorno, impulsionou a venda de produtos oficiais e o programa de sócio-torcedor. Foram 38 jogos, oito gols e três assistências — números ainda tímidos, mas considerados valiosos no momento conturbado do time, que não vence há nove jogos.

Diniz quer contar com Coutinho

O técnico Fernando Diniz vê o meia como peça essencial. Mais do que referência técnica, considera-o um exemplo no vestiário e importante na formação de um grupo mais maduro. Para Diniz, a presença de Coutinho é estratégica para a evolução do elenco. Inclusive, a comissão técnica vê o meia como um dos poucos com inteligência tática capaz de compreender as ideias do treinador.

Por outro lado, o jogador tem pressa para resolver a situação. Sabe que precisa render mais e se sente motivado a melhorar. Nos bastidores, recebeu uma sondagem do Monterrey, do México, mas a prioridade ainda é seguir em São Januário.

Com o time atravessando uma fase turbulenta e ocupando a zona de rebaixamento do Brasileirão, a renovação de Coutinho ganha contornos maiores: pode ser o ponto de virada para uma reconstrução que a torcida tanto espera. O próximo jogo, contra o Fortaleza, marcará o retorno ao Caldeirão e pode reacender a confiança cruzmaltina.