diniz vasco meme
Imagem: SBT

Lanús x Vasco: Papa Francisco ainda estava vivo quando o Cruz-Maltino venceu pela última vez

Estreia de Diniz já vira meme. O Vasco mostra lampejos de futebol no primeiro tempo, mas volta ao mais do mesmo no segundo

Por Alvaro Tallarico

O Papa Francisco ainda estava vivo quando o Vasco venceu pela última vez — sim, esse é o nível de milagre exigido para que o torcedor veja três pontos em campo. São 9 jogos sem sabor de vitória. Mas como nem só de velas acesas vive uma torcida, Fernando Diniz estreou nesta terça-feira (13) com uma missão: fazer o cruz-maltino lembrar o que é jogar futebol. E, veja só, por alguns minutos, ele até conseguiu. Plantou esperança. Mas, por enquanto, ainda colheu derrota.

No primeiro tempo contra o Lanús, na Argentina, o Vasco parecia ter tomado um banho de sal grosso e um sopro de autoestima. A postura era outra: triangulações, troca de passes, movimentação… Por um instante, você piscava e jurava que o time era europeu (daquelas divisões inferiores da Escócia, talvez, mas europeu). Era futebol. Comportamento com e sem bola. Até os tiros de meta viraram espetáculo: zagueiros abertos, Tchê Tchê armando o jogo, Coutinho sendo Coutinho (ok, tentando), e o torcedor ousou… sonhar.

Mas, como sempre, veio o segundo tempo. E com ele, o Vasco voltou ao seu habitat natural: a confusão tática, o cansaço emocional, o erro técnico.

O gol do Lanús era apenas questão de tempo — e Carrera tratou de confirmar. Para completar o pacote de drama habitual, Hugo Moura foi expulso no fim. Vasco sendo Vasco.

Com o revés por 1 a 0, o Vasco chegou à sua 13ª partida fora de casa na Sul-Americana contra times estrangeiros sem vitória. Isso mesmo, 13! São agora 1 vitória (contra o Athletico em 2007!), 4 empates e 12 derrotas em toda a história da competição nesse cenário. Isso daria um ótimo episódio de “Arquivo Confidencial: você lembra como era vencer?”

as mudanças de diniz vasco tv
imagens: VascoTV

Apesar do resultado, há uma fagulha acesa no escuro. Em um treino, Diniz mostrou o suficiente para mudar a cara — e o espírito — da equipe. Sua face louca vendo o time já virou meme. O Vasco chegou até a parecer um time, o que já é um avanço. Ainda falta muito: mais tempo, mais perna, menos pânico. Mas agora, pela primeira vez em muito tempo, parece haver um rumo. Talvez seja só o começo de mais uma decepção. Ou, quem sabe, seja o início da reconstrução.

A próxima batalha é árdua, contra um animado Fortaleza, no sábado (18), em São Januário, e depois vem o tudo ou nada contra o Melgar, no dia 27, pela sobrevivência na Sul-Americana. A missão é dura. Mas, ao menos agora, o Vasco finalmente tem um técnico de futebol. E isso já é um começo…