Interdição de São Januário chega a dois meses e Payet fala sobre o assunto

Foto: Reprodução YouTube

Os vascaínos lamentam não poder jogar em sua casa. São Januário completa dois meses interditado por conta de decisão da Justiça comum e segue sem data para reabertura.

E o motivo segue sendo um dos mais absurdos possíveis quando pensamos em consciência de classe. O texto do juiz Marcello Rubioli, do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos classificou a Colina Histórica como um local inseguro e citou a comunidade da Barreira do Vasco como “um local de tráfico de drogas, disparo de arma de fogo (…) e pessoas embriagadas“.

O fato gerou revolta entre torcedores, dirigentes e amantes de futebol e o próprio SEO do clube veio a público mostrar sua indignação:

É claro que a gente se incomoda quando falam que São Januário é perigoso. O Vasco cresceu com a Barreira. Frequento a Barreira desde moleque e nunca aconteceu nada comigo. Acontecem coisas? Acontecem, assim como em todo o Rio de Janeiro. Mas acabar com público em um estádio é muito delicado quando se fala que os arredores são perigosos.

Ele ainda citou que 20 mil famílias são impactadas com a restrição do estádio.

Por conta disso, 26 vereadores assinaram uma moção pedindo a liberação de São Januário. A autoria é do parlamentar Pedro Duarte (NOVO):

Simbólico, mas necessário nessa mobilização. É absurdo que a torcida não possa usar seu próprio estádio. A pena do STJD já foi cumprida, acabou. Moção Coletiva de Repúdio à interdição de São Januário aprovada na Câmara! #LiberemSãoJanuário

Pedro Duarte em suas redes sociais
Vereadores assinam moção pela liberação de São Januário – Foto: Divulgação

Payet fala sobre São Januário

A situação chegou até mesmo ao novo camisa 10 da Colina, o craque francês Dimitri Payet. Ele disse o que pensa do assunto:

Por que São Januário está interditado? A segurança é muito importante para jogadores, torcedores e clube de forma geral. Defendo melhor segurança para todos, mas estádio vazio não dá sensação de futebol. Sem torcedores, cantos e bandeiras, não dá a sensação de esporte. Espero que justiça, clube e federação possam se reunir para definir isso o quanto antes.

Neste domingo, o Vasco vai enfrentar o Atlético-MG às 11h, no Maracanã.