Após a histórica goleada sofrida pelo Vasco para o modesto Puerto Cabello por 4 a 1, pela Sul-Americana, o técnico interino Felipe falou pela primeira vez sobre a derrota. Em entrevista coletiva na Venezuela, o ex-lateral cruzmaltino lamentou o resultado, mas adotou um discurso que jogou a responsabilidade para os jogadores.

Felipe, que assumiu o comando após a saída de Fábio Carille, afirmou que o jogo é “para se esquecer”, citou “falta de atitude” e repetiu em mais de uma ocasião que os “erros individuais” foram determinantes para o desastre.
“Faltou muita atitude dentro de campo. Muitos erros individuais e isso acabou prejudicando. É um jogo para ser esquecido. O Puerto Cabello ganhou na atitude. Tomamos gol na bola parada, enfim… Realmente, a maioria dos jogadores muito abaixo do que podem render”, frisou, deixando implícita sua frustração com o desempenho da equipe.

Apesar do pedido de desculpas à torcida vascaína, o treinador se esquivou de assumir qualquer parcela direta da culpa.
“Por ter sido criado no Vasco, dói muito. Não esperávamos esse placar, viemos buscar a vitória”, insistiu.
A pressão sobre o departamento de futebol aumentou, e o nome de Fernando Diniz ganha força nos bastidores. A expectativa é que a diretoria acelere as conversas com o treinador, já que o time não vence há três partidas sob o comando interino de Felipe.

Felipe acumula passagens frustradas como treinador: não deu certo no Tigres do Brasil, Ponte Preta, Bangu, Confiança e Volta Redonda, mas, mesmo assim, Pedrinho insistiu em colocá-lo como interino no Vasco, acreditando que ele teria competência para dar certo onde tantos outros fracassaram.
Com o revés, o Vasco caiu para a segunda colocação do Grupo G e terá dois confrontos decisivos pela frente. Antes disso, encara o Vitória, em Salvador, pelo Brasileirão, no próximo sábado (10), buscando apagar a péssima impressão deixada em solo venezuelano.
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