Entre 1944 e 1953, o Vasco formou um dos maiores times do futebol mundial, com 40 títulos, números expressivos e ídolos eternos.
Por Alvaro Tallarico
Entre 1944 e 1953, o Vasco da Gama formou um dos maiores esquadrões da história do futebol mundial. O inesquecível Expresso da Vitória marcou uma era de supremacia esportiva, inovação tática e projeção internacional. Com uma base forte (sempre, né?), elenco talentoso e um estilo de jogo envolvente, o Vasco dominou o cenário estadual, nacional e internacional por quase uma década.
O desempenho do Expresso impressiona. Em 515 partidas, o time conquistou 314 vitórias, 94 empates e apenas 107 derrotas, com um aproveitamento de 67%. Foram 1.488 gols marcados, média de 2,9 por jogo, e 681 sofridos, média de 1,3 por partida.

O elenco era formado por nomes que se tornaram eternos no imaginário vascaíno e do futebol brasileiro. O goleiro Barbosa, considerado um dos maiores do país, foi referência técnica e emocional. Danilo Alvim, conhecido como “Príncipe”, encantava pela elegância no meio-campo. Ely do Amparo representava a raça, enquanto Ademir de Menezes, artilheiro da Copa do Mundo de 1950, era o principal nome do ataque. Friaça, Jorge, Chico, Maneca e outros completavam um grupo histórico.
Interessante como foi marcante esse time. Por exemplo, meu pai, que era Fluminense, e criança na época, sabia de cor toda a escalação desse Vasco e sempre me dizia.
Ao todo, o Expresso da Vitória conquistou 40 taças: uma intercontinental, uma continental, dezoito internacionais e vinte estaduais. Entre os títulos estaduais e municipais, estão o Campeonato Carioca de 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952, o Torneio Relâmpago de 1944 e 1946, o Torneio Municipal de 1944, 1945, 1946 e 1947, as Taças Início de 1944, 1945 e 1948, além das Taças Eficiência de 1945, 1946, 1947, 1949 e 1950.

No cenário internacional, o Vasco foi pioneiro. Em 1948, conquistou o Campeonato Sul-Americano de Campeões, considerado o precursor da atual Libertadores da América. O clube também venceu torneios como a Taça Centenários, a Taça de Ouro Ramos Pinto, a Taça Jornal O Século e a Taça Colônia Balneária Infantil em Portugal e na Espanha. Na América do Sul, foram títulos na Bolívia, Uruguai, Peru, Chile, Equador e Argentina, como o Troféu Presidente Juan Domingo Perón. Em 1949, conquistou a Taça Dona Maria Eva Duarte Perón no México e o Troféu Legação do Brasil na Guatemala. Em 1953, venceu o Torneio Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer, a Taça Cinquentenário do Racing Club e o Torneio Internacional de Santiago, no Chile.
Muitos desses títulos foram conquistados de forma invicta, o que aumentou ainda mais o prestígio do time e o respeito que o Vasco passou a ter fora do Brasil.

Além das conquistas, o Expresso da Vitória influenciou gerações e ajudou a moldar a Seleção Brasileira. O time serviu de base para a equipe que disputou a Copa do Mundo de 1950, com oito jogadores convocados. O Vasco mostrou ao mundo que o futebol brasileiro era competitivo, técnico e vencedor.
Setenta anos depois, o legado do Expresso da Vitória permanece vivo. O time é lembrado como símbolo da grandeza vascaína e como referência de excelência esportiva no país. Inspiração eterna.
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