A eliminação do Vasco na Copa do Brasil, especialmente nas semifinais, foi um duro golpe para a equipe e seus torcedores. O time chegou longe, superando adversidades ao longo do caminho, mas acabou ficando pelo meio do caminho após empatar em 1×1 com o Atlético-MG em São Januário. No primeiro jogo, o clube carioca havia sido derrotado por 2×1 na Arena MRV, e o resultado agregado selou sua eliminação.
Apesar do esforço demonstrado em campo, o desempenho do Vasco levantou muitas discussões sobre as decisões tomadas ao longo da temporada. A equipe mostrou potencial, mas erros estratégicos, tanto na preparação quanto na execução dos jogos, foram cruciais para a desclassificação. O portal ge apontou os principais pontos que explicam essa eliminação frustrante para a torcida.
Montagem do elenco abaixo do esperado
Desde o início do ano, a gestão da 777 Partners, que assumiu o comando da SAF do Vasco, cometeu alguns erros no planejamento da equipe. A temporada começou com um investimento significativo: cerca de R$ 130 milhões foram gastos em 10 contratações.
No entanto, o objetivo principal não era o título da Copa do Brasil, mas sim alcançar as oitavas de final. A falta de ambição em um torneio de tamanha importância impactou diretamente no desempenho do time.
Com um orçamento expressivo, muitos torcedores acreditam que o Vasco poderia ter montado uma equipe mais competitiva. As contratações não preencheram as lacunas fundamentais, especialmente no setor defensivo, e essa carência foi exposta durante toda a temporada.
Falta de reforço defensivo comprometeu o time
O maior objetivo na segunda janela de transferências era a contratação de um zagueiro. No entanto, a diretoria do Vasco falhou em trazer esse reforço, mesmo após negociações com diversos nomes.
Um exemplo marcante foi a tentativa de fechar com o argentino Ian Glavinovich, que não se concretizou a tempo. Essa lacuna na defesa foi crucial em momentos decisivos, como na semifinal contra o Atlético-MG, onde os erros individuais tiveram um peso significativo.
Jogadores como Maicon e Léo revezaram na zaga, mas nenhum conseguiu se firmar. A falta de estabilidade no setor defensivo custou caro em partidas importantes, incluindo os jogos das semifinais, quando o segundo falhou nos três gols do adversário.
Erros individuais no jogo de ida
No primeiro confronto contra o Galo, na Arena MRV, o Vasco foi penalizado por falhas individuais. Como citado acima, Léo, zagueiro titular, teve um papel negativo nos dois gols sofridos pelo time. No primeiro lance, ele não conseguiu afastar a bola de Paulinho, permitindo o gol de empate. No segundo, não marcou corretamente, o que facilitou a antecipação do adversário.
Além de Léo, o lateral Puma Rodríguez também teve uma atuação abaixo do esperado. Improvisado na ponta direita, o uruguaio não conseguiu conter o avanço de Arana, que foi decisivo com um gol e uma assistência. Essas falhas individuais evidenciam a necessidade de um elenco mais equilibrado e reforçado.
Neste sábado, apesar de jogar bem melhor, na única falha que teve, Léo novamente fez uma marcação à distância e o craque Hulk acertou um belo chute na gaveta do gol de Léo Jardim.
Falta de substitutos à altura
Outro fator que prejudicou o Vasco foi a ausência de substitutos de qualidade. A lesão de Adson, um dos principais pontas do time, deixou uma lacuna que não foi devidamente preenchida. O clube até contratou Maxime Dominguez, por 2 milhões de euros, mas o suíço participou de apenas dois jogos desde sua chegada e não foi opção nas semifinais.
Essa falta de opções no elenco também afetou as substituições no jogo de volta. Jogadores como Philippe Coutinho e Hugo Moura, que claramente demonstravam cansaço, permaneceram em campo, enquanto outros, como Rayan e Rossi, foram colocados em posições onde não renderam o esperado.
Substituições ineficazes no jogo de volta
Na partida de volta, em São Januário, o Vasco adotou uma postura sólida defensivamente e conseguiu neutralizar o Atlético-MG por boa parte do jogo. No entanto, as substituições no segundo tempo não surtiram o efeito desejado. A permanência de Philippe Coutinho, visivelmente cansado, e a entrada de Sforza no lugar de Hugo Moura enfraqueceram a marcação no meio-campo.
Além disso, Rayan foi escalado em uma posição que não é a sua de origem, enquanto Rossi, após três meses sem jogar, não conseguiu impactar o jogo. Essas escolhas táticas podem ser atribuídas às limitações no elenco, mas, sem dúvida, influenciaram no resultado final.
Em suma, a eliminação do Vasco na Copa do Brasil foi resultado de uma combinação de fatores, que vão desde falhas na montagem do elenco até decisões equivocadas em momentos cruciais. O torcedor vascaíno, sem dúvida, esperava mais da equipe, especialmente após ver o time tão próximo de uma final. Agora, cabe à diretoria aprender com os erros e planejar uma temporada mais ambiciosa e assertiva para o futuro.
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