Sem dúvida, o torcedor vascaíno já se sentiu mal por conta da suposta demora de contratações na Colina. Desde a compra de 70% do Departamento de Futebol do Vasco, a empresa estadunidense 777 Partners é cobrada para que o clube tenha de volta seu protagonismo no mercado da bola.
No entanto, muita gente ainda não entende como funciona esse processo para chegada e saída de jogadores em São Januário. O ge.globo fez uma matéria onde dissecou toda a movimentação de negociação praticada no Vasco.
777 aprova todas as contratações
Segundo as informações do portal, o Cruzmaltino já contratou 13 jogadores para a temporada 2023 e todos eles passaram pelo crivo da 777 Football Group, braço da holding estadunidense que cuida de todos os clubes de futebol presentes em seu portfólio. O CEO desse projeto é Don Dransfield, mas a diretoria vascaína se reporta regularmente a figuras como o diretor-esportivo Johannes Spors e o diretor-geral Juan Arciniegas.
Porém, Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners, já falou sobre a autonomia de Paulo Bracks e Luiz Mello, diretor e CEO de futebol no Vasco:
Acho que o melhor que fazemos na 777 é contratar diretores muito competentes para tomar decisões. Tomamos a decisão de contratar o Luiz e o Paulo para tocar o negócio e o lado esportivo do Vasco. […] a nível local, nós damos poder aos gerentes dos clubes em quem colocamos fé para tomar essas decisões.
No entanto, nem sempre o processo segue esses moldes. Por exemplo, de acordo com um membro da diretoria, Bracks tem carta branca para trabalhar sem o envolvimento da 777 em negociações que não levantem uma alta quantia de valores como no caso do atacante Lelê onde a transação girava em torno de R$ 500 mil. Apesar disso, o atleta acertou com o Fluminense.
Porém, quando se trata de um montante maior de dinheiro envolvido, a empresa estadunidense precisa se envolver como foi o caso de Eduardo Sasha. O Atlético-MG pediu ¢ 2 milhões (R$ 11,41 milhões) e mais o jovem atacante Eguinaldo. Prontamente, a 777 recusou o negócio.
Processo lento mas eficaz
Em geral funciona assim: o Vasco escolhe um jogador após todo um processo de avaliação interna que envolve equipe de scout e comissão técnica. Após, esse nome é levado até à 777 que diz se aprova ou não que os dirigentes cruzmaltinos avancem nas negociações.
Tudo correndo dentro da normalidade, a empresa libera os pagamentos e o atleta é anunciado. Para os torcedores, o processo pode parecer bastante lento mas para quem conhece de gestão, isso é um exemplo de profissionalismo e evita que o Vasco contrate jogadores que não deem retorno seja técnico ou financeiro.
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