A prefeitura do Rio de Janeiro adotou uma medida que promete destravar a reforma do estádio São Januário. Com novas regras, o processo de venda do potencial construtivo foi simplificado, facilitando a captação de recursos essenciais para o projeto de ampliação do estádio do Vasco.
Essa mudança representa um avanço significativo, pois elimina entraves que vinham dificultando a negociação do potencial construtivo. O objetivo é permitir que as obras tenham início o quanto antes, beneficiando não apenas o clube, mas também a comunidade do entorno.
Uma das principais alterações foi determinada pelo prefeito Eduardo Paes, torcedor declarado do Vasco. Agora, investidores que adquirirem o potencial construtivo terão seus projetos aprovados em até 20 dias. Antes, esse processo era demorado e causava insegurança para quem tinha interesse em investir na operação.
No modelo anterior, um dos principais problemas era a necessidade de negociação com a prefeitura após a intenção de compra. Esse fator afastou potenciais compradores, impactando diretamente os planos do Vasco.
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Obstáculos financeiros ainda preocupam o Vasco
Apesar da redução da burocracia, há desafios financeiros que precisam ser superados. A estrutura de pagamento não está alinhada com as necessidades do Vasco, o que exige uma engenharia financeira complexa.
O modelo mais tradicional do setor envolve a permuta, onde os pagamentos só são realizados após o lançamento dos empreendimentos. No entanto, essa modalidade não atende à urgência do clube, que busca alternativas como a antecipação de receitas via empréstimos bancários.
Mesmo com os desafios, o Vasco já conseguiu vender um terço do potencial construtivo disponível. O montante total da operação pode render ao clube cerca de R$ 500 milhões, um passo essencial para viabilizar as obras.
No próximo dia 5, haverá uma reunião técnica com a prefeitura, reunindo representantes do clube, do governo municipal e da Câmara dos Vereadores. O objetivo é ajustar os detalhes da operação e garantir que a reforma ocorra sem mais adiamentos.
O projeto assinado pelo arquiteto Sérgio Dias prevê um estádio com capacidade para até 57 mil pessoas. A modernização inclui melhorias na infraestrutura interna e também na urbanização do entorno.
O plano original previa o início das obras em 2025, mas com os entraves burocráticos e financeiros, é provável que a reforma seja adiada para 2026. A decisão também leva em consideração aspectos esportivos, já que a equipe precisa de um planejamento adequado para minimizar impactos durante a temporada.

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