Técnico vê time mais forte mentalmente e minimiza críticas à tática
Apesar da derrota por 2 a 0 para o Bragantino, neste sábado (31), em São Januário, Fernando Diniz acredita que o Vasco segue em evolução. O treinador valorizou o número de finalizações da equipe e destacou que o time tem mostrado poder de reação — mesmo após tomar um gol com menos de dois minutos de jogo.
“De maneira geral, o time não jogou mal. Finalizamos 20 vezes, tivemos chances, mas precisamos ser efetivos. Facilitamos demais para o adversário”, afirmou o técnico, ressaltando que o Bragantino teve apenas quatro finalizações — e marcou dois gols.

Para Diniz, o problema não foi falta de movimentação ofensiva. Segundo ele, o plano desde o início era inverter os corredores para quebrar a marcação por bloco do adversário. Ele reconheceu, no entanto, que Paulo Henrique ficou encolhido no primeiro tempo, e a correção no intervalo teve efeito imediato.
“O Paulo estava mais encolhido do que o ideal. Ele joga mais à frente e precisava estar mais presente. No segundo tempo, ele voltou a atuar dentro das características dele”, disse.
Camisa 5 indefinida
Com Hugo Moura suspenso, Diniz ainda testa opções para o papel de volante. Jair voltou a ser relacionado após ficar fora por questões contratuais e deve ganhar minutos. Mateus Carvalho e até Tchê Tchê são cotados para a posição.
“Gosto dos três jogadores: Hugo, Jair e Mateus. É cedo para definir um nome fixo, todos têm qualidade. O Hugo jogou pouco por conta de suspensões. O Jair é técnico e fez um bom jogo contra o Melgar.”

Confiança em Coutinho
Diniz também elogiou Philippe Coutinho, mesmo com a personalidade discreta. Segundo ele, o meia tem assumido responsabilidade em campo e vem sendo decisivo, apesar das dificuldades da equipe.
“É um presente ter o Coutinho aqui. Um dos mais talentosos que já treinei. Ele é retraído, mas chama o jogo, pede bola, participa. Está nos ajudando muito.”
Erros e falta de contundência
O técnico se mostrou frustrado com os gols sofridos e a dificuldade para concluir. Para ele, o time conseguiu bloquear contra-ataques, reagiu bem mentalmente e não se abateu com o placar, mas pecou na hora de decidir.
“Não dá para admitir perder um jogo em que se finaliza 20 vezes. O Bragantino fez pouca força para vencer. Provavelmente, foi o jogo em que eles menos finalizaram. Nosso time reagiu diferente, isso é um ponto positivo. O problema foi a falta de contundência.”

Cruzamentos e ataque posicional
Diniz rebateu as críticas de que o ataque vascaíno se tornou previsível e que cruzamentos excessivos travaram o time. Ele afirmou que atacar pelos lados com laterais ofensivos não é um erro tático — e citou o Palmeiras como exemplo.
“Qual o problema de atacar com o lateral no fundo? O Palmeiras faz isso o tempo todo. Hoje, os atacantes estavam mais próximos do gol. O Bragantino marcou com muita gente atrás. É natural que jogadas terminem em cruzamentos. Mas faltou contundência.”
Pausa no Brasileirão
Agora, o Vasco terá uma pausa na competição por conta do Mundial de Clubes e poderá treinar por mais tempo. Sem reforços, Diniz sabe que o trabalho terá que ser técnico, tático — e psicológico.
“O Vasco está evoluindo. Mas, sem vitórias, essa evolução não se reflete na tabela. Precisamos transformar isso em pontos.”
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