A mística da camisa 10 do Vasco carrega um peso enorme. É óbvio. Qualquer clube que tenha nomes como Roberto Dinamite e Edmundo como ídolos máximos com esse número tem mesmo de reverenciar. Mas sabemos que esses dois eram pontos fora da curva mas nunca foram aquele 10 clássico de inúmeros passes cerebrais e lançamentos à lá Gerson Canhotinha de Ouro.
Esse jogador talvez possa ter sido um Bismarck, craque dos títulos brasileiro de 1989 e do bicampeonato carioca 92/93 ou Ramon Menezes e Pedrinho, nomes da era de ouro do Cruzmaltino nos anos 90 e até Nenê, o ídolo do Apocalipse quando o meia resgatou o Vasco de duas séries B e ainda ganhou um Carioca invicto. Esses foram talvez os mais icônicos jogadores desse estilo clássico que vestiram a 10 vascaína.
Outros menos badalados foram Douglas (ele mesmo) que tinha um jogo muito bom num time muito ruim e que poderia ter sido um herói em 2014 se não tivéssemos sido garfados na cara dura (“roubado é mais gostoso“) ou Benítez e Jefferson, jogadores que se machucavam mais que jogavam mas quando isso acontecia davam gosto de ver.
Seja como for, talvez esse jogador clássico 10 nem exista mais. O que não quer dizer que não tenhamos que buscar um meia armador nesse estilo.
Vasco precisa sim de um 10
Para o futebol moderno de hoje em dia, o que o Vasco precisa é de um 10 estilo Diego Souza, craque do título da Copa do Brasil de 2011, de um Juninho Paulista, herói da maior virada da história do futebol. Jogadores com intensidade, drible, força e claro, chutes, passes, liderança e responsabilidade.
O esquema de jogo que o técnico Maurício Barbieri busca favorece esse tipo de jogador. Um que quebre as linhas com um passe certeiro, mas que também saiba correr e se impor fisicamente contra uma defesa alta. Alguém que saiba lançar e bater faltas e ao mesmo tempo drible com objetividade e consiga chutar forte para vencer goleiros de seleções.
Hoje, os torcedores do Vasco sonham com James Rodríguez ou Philippe Coutinho que poderiam sim entregar esse tipo de jogo e serem ídolos de uma nova era. Mas a realidade é que o clube contratou um meia argentino chamado Gabriel Carabajal que estava encostado no Santos e a imprensa argentina jura que ele pode ser esse tipo de jogador.
Se isso vai se concretizar, saberemos em breve. Mas uma verdade é para sempre: time campeão tem 10 levantando o caneco!
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