Após mais um desempenho abaixo do esperado, o Vasco vem reavaliando a permanência do técnico Fábio Carille no comando da equipe. Para dar um opinião mais clara, preciso falar do cenário antes da contratação do treinador.
Após a demissão do técnico Rafael Paiva, um dos grandes debates que aconteciam no final da temporada era a contratação de um técnico mais experiente, que conseguisse variar o modelo de jogo, o que não foi conquistado pelo treinador “interino”. Muitos nomes foram cotados, como Paulo Pezzolano e Renato Gaúcho, que entraram em negociações com o clube, mas não firmaram compromisso.
Em paralelo, Carille conquistou a Série B com o Santos, porém o seu comando e modelo de jogo foi tão contestado, que o técnico foi demitido na 37ª rodada, sem o direito de fazer uma última partida à frente da equipe paulista.
O Vasco demorou 26 dias para definir o comando da equipe, e as opções pareciam se esgotar, até que Carille surgiu como uma opção viável para a diretoria cruz-maltina, mas que desagradou muito torcedores, por ser um técnico conhecido como “retranqueiro”, que contrariaria as características da equipe.
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Desempenho de Fábio Carille no comando do Vasco
O desempenho no Campeonato Carioca ficou claro: o Vasco continuou com problemas defensivos, levando 10 gols na competição, sendo uma das defesas mais vazadas entre os grandes clubes do Rio de Janeiro. Além disto, uma eliminação com duas derrotas para o seu maior rival, Flamengo. Na Copa do Brasil, a equipe passou sem problemas contra clubes regionais.
Nos últimos três jogos, mais problemas vieram à tona. Mesmo vencendo o Santos de virada, o gol sofrido demonstrou a dificuldade do Vasco em sair com a bola, as chances criadas pelo clube paulista também mostravam uma defesa desorganizada.
Contra o Melgar, uma atuação excelente de Coutinho e Vegetti não apagou os problemas defensivos, principalmente na bola aérea, com a equipe peruana cruzando mais de 60 vezes a bola dentro da área cruz-maltina e conseguindo empatar uma partida mesmo com dois gols de desvantagem. Contra o Corinthians, um escárnio. Uma atuação muito abaixo, com direito a dois gols anulados pelo VAR e mais três gols sofridos.
No Vasco, Carille soma 15 jogos, com 7 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, marcando 23 gols e sofrendo 17, sendo 7 desses nos últimos três jogos, com equipes melhores qualificadas. O problema do Vasco, deve se dizer, não é somente o técnico, como todo torcedor já sabe.
Mas realizando uma avaliação somente com este fator, eu deixo algumas reflexões. Um técnico conhecido por ser defensivo, não deveria tomar tantos gols. Uma equipe como o Vasco, que disputa três competições ao mesmo tempo, precisa contratar mais jogadores para o setor defensivo. Uma diretoria que quer que a equipe prospere não pode assinar com a última opção de técnico que sobrou no mercado.

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