Opinião: O Vasco vive a mediocridade em sua essência

Com mais um início de temporada preocupante, o Vasco terá longas semanas para acertar taticamente e mentalmente a equipe para o Brasileirão. Então qual o saldo que podemos levar deste início de ano?

No final do ano passado, o presidente Pedrinho assumiu uma certa culpa da janela de transferência gerida na sua gestão, após a liminar que cedeu o controle da SAF para o associativo e fez algumas promessas para o torcedor vascaíno na sua entrevista coletiva.

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Por sua vez, o Vasco só conseguiu acertar com reforços mais ofensivos na semana antes da semifinal do Campeonato Carioca, contra o arquirrival Flamengo, demonstrando uma dificuldade no mercado, sendo por motivos diversos (não podemos esquecer da negociação frustrada com o atacante Bruma, que acertou o Benfica).

No Carioca, tivemos um reflexo disto. Um time que não convenceu quando foi testado, demonstrando mais do mesmo. Contra o Volta Redonda, um empate frustrante, com erros individuais da defesa. Contra o Fluminense, uma derrota que poderia até ser mais elástica, apesar de iniciar a partida vencendo. Contra o Sampaio Corrêa-RJ (esse nome me traumatiza), um empate com pouca criatividade e chutes a gol. Contra o Flamengo, um domínio do rival, aumentando o retrospecto negativo.

Mudanças táticas foram feitas, e o Vasco conseguiu vencer na Copa do Brasil e o Botafogo, e mesmo não convencendo, a equipe de Carille chega às semifinais contra o Flamengo. E vemos de novo um time que fica nervoso quando leva um gol, quando as coisas não funcionam.

O Vasco parece retornar à fase que nós, torcedores vascaínos, já vimos inúmeras vezes. Toma um gol, e fica desesperado, não sabe o que fazer dentro de campo e começa a tentar opções que não dão certo. Podemos falar do gol polêmico, porém bastou a equipe cruzmaltina fazer um gol que a pressão adversária tomou conta, momentos antes do empate. No segundo tempo, mais do mesmo.

Parece que o Vasco vive a mediocridade em sua essência. E nós já estamos saturados.