Opinião – Vasco cresce a cada jogo: podemos nos iludir ou cautela é necessária?

É, pessoal…o Vascão venceu mais uma e segue firme para as semifinais do Campeonato Carioca. Já disse anteriormente que essa competição deveria ser encarada como um laboratório de montagem de um time competitivo.

Mas a verdade é que finalmente parece que o treinador Maurício Barbieri parece estar próximo de um time ideal apesar do próprio rechaçar essa ideia:

Eu não gosto desta maneira de pensar, de uma escalação ideal, porque isso ignora o adversário. Acho que é uma base que a gente vem mantendo. Vamos tentar mexer de acordo com o adversário. Do Fluminense para o Botafogo, mesmo com as mesmas peças a gente mudou a estrutura do jogo. Então, eu acho que tudo depende do contexto.

Bom, sinto lhe informar caro treineiro, mas torcedores, jornalistas e apaixonados pelo futebol brasileiro amam ter um time de cor. Faz a gente ter certeza de que vamos brigar por títulos. No entanto, o que importa mesmo é ter variações táticas e para isso, precisamos de elenco.

E sinceramente, estamos sim no caminho certo e quem duvida são os chamados haters. E esses, se cobrir todo mundo, enfiar uma lona, chamamos de circo, se colocarmos uma cerca, vira hospício porque simplesmente não faz sentido esses comentários.

Veja bem: o Vasco começa a criar uma identidade de jogo. Temos três goleiros confiáveis, um zagueiro construtor de jogadas com mais de 300 passes certos e participativo em 26% dos gols da equipe; dois laterais velozes que sabem acertar um cruzamento e ainda deixam os deles de vez em quando; dois meio-campistas que sabem sair pro jogo e pisam na área como elementos surpresas; ataques pelos lados formados por crias em grande fase e um artilheiro retomando o caminho das redes. E ainda vai chegar Andrey Santos, Marlon Gomes, Figueiredo, Lucas Orellano, Manu Capasso e Lelê nesse time.

Como que eu não vou me iludir?

Há erros, claro que sim. Apesar de Léo, Miranda não inspira confiança e passes e botes errados no meio de campo já nos comprometeram com tomada de gols bobos além das inúmeras chances perdidas na frente, principalmente com Pedro Raul. Mas há inúmeros acertos como a volta da confiança de atletas como Alex Teixeira e o Vovô Garoto Nenê.

Em dois meses de trabalho, com oito jogos do time principal e Maurício Barbieri encontrando o melhor desse elenco, podemos sim disputar em pé de igualdade com todos os outros clubes. Se vamos ganhar ou não faz parte do esporte mas tem jogo e se você não acredita nisso, me cobre no domingo a partir das 20h.