A 20ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro marcou para 11 de julho o julgamento da liminar que concede o controle da SAF vascaína à diretoria de Pedrinho.
Desde 15 de maio, o contrato entre Vasco e 777 Partners está suspenso, mantendo o poder político da SAF nas mãos do clube.
Este julgamento será realizado virtualmente, com o desembargador César Cury, relator do caso, depositando seu voto eletronicamente 48 horas antes da sessão.
Os outros dois desembargadores da Turma Julgadora podem concordar ou discordar do voto do relator. Caso haja discordância, o julgamento passará a ser presencial.
Além disso, se uma das partes solicitar, a modalidade do julgamento pode mudar para presencial.
Novas evidências surgem na briga 777 Partners x Vasco
No TJ-RJ, o Vasco apresentou novos argumentos contra o agravo interno da 777 Partners, incluindo um laudo preliminar da SwotGlobal que aponta “gestão temerária” e questiona pagamentos ao ex-presidente Jorge Salgado.
A 777 Partners, por sua vez, afirma cumprir o contrato de acionistas, que prevê aportes de R$ 700 milhões, e defende que havia mecanismos contratuais para tratar eventual inadimplência.
Atualmente, a SAF do Vasco é liderada por Pedrinho, com Paulo Salomão e José Luiz Trinta como vice-presidentes.
A administração da SAF, originalmente composta por cinco membros indicados pela 777 Partners e dois pelo clube, está desfalcada, principalmente após o afastamento de Josh Wander, ex-CEO e co-fundador da empresa estadunidense.
Arbitragem em andamento
Paralelamente ao julgamento, ocorre uma arbitragem na FGV. O Vasco indicou Ana Tereza Basílio como árbitra, enquanto a 777 Partners escolheu Maurício Almeida Prado. Se não houver consenso na escolha do terceiro árbitro, a presidência da câmara de arbitragem da FGV fará a indicação.
Na arbitragem, o Vasco busca a rescisão do contrato de investimento e do acordo de acionistas com a 777 Partners. Já os americanos querem retomar o controle e cumprir o contrato assinado em 2022.
Há também uma divergência nos valores atribuídos à causa, com o Vasco estimando em R$ 1 milhão e a 777 Partners em R$ 700 milhões, valor do contrato original.
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