Com três derrotas e um empate em quatro jogos como técnico do Vasco, as escolhas de Álvaro Pacheco no comando da equipe irritaram a diretoria, que já prepara sua demissão.
A começar pela questão defensiva. Nas quatro partidas em que esteve à beira do gramado, o Cruzmaltino cedeu 74 finalizações aos adversários. O esquema de três zagueiros utilizado contra Flamengo e Palmeiras deixava enormes espaços à frente da área, problema que foi amenizado com o retorno para dois defensores, porém não solucionou a questão.
Falta de coerência, “queridinhos” inoperantes e falas fora da realidade foram gota d’água no Vasco
Além da parte defensiva, outros pontos tornaram insustentável sua continuidade. Enquanto dentro de campo não se via nenhuma melhora no time do Vasco, seja na postura tática ou física, o treinador afirmava uma visão de evolução que ninguém mais enxergava, como foi dito em sua coletiva após a derrota para o Juventude: “Não concordo com você quando diz que não teve evolução, acho que, mesmo não sendo um jogo muito bem construído da nossa parte, não faltou atitude, não faltou entrega, não faltou correr, não faltou a eles tentar chegar ao gol. E aí concordo com você: não da forma mais correta, da forma que nós tínhamos treinado.“
Algo que também chamou a atenção foram suas preferências por jogadores que não apresentaram nenhum motivo para serem intocáveis. Exemplos como o de Galdames e Rossi, que não produzem e não acrescentam ao time são explícitos. Rossi foi titular em três dos quatro jogos sob a batuta do Português, enquanto Galdames jogou praticamente todos os minutos das quatro partidas com Pacheco, inclusive sendo elogiado no empate do Vasco contra o Cruzeiro, o que deixou indignados os torcedores.
Por fim, a incoerência de suas escolhas para os relacionados e os onze titulares. João Victor foi titular no clássico e acabou expulso por erro de Léo, cumpriu suspensão e não voltou mais à equipe, mesmo com atuações horrorosas do próprio Léo e de seu companheiro Maicon. David, que vinha sendo um dos que mais contribuíam para o time, sequer foi relacionado contra o Flamengo e no jogo contra o Palmeiras apareceu como titular, para depois ser utilizado poucos minutos nas duas partidas seguintes. Caso parecido de Mateus Cocão, banco contra o rubro-negro, fora da relação contra o alviverde e utilizado com frequência nos dois últimos jogos.
Tudo isso, somados aos péssimos resultados, acabaram com a paciência de dirigentes e torcedores no pouco tempo que esteve no Vasco.
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