AGORA QUER FALAR? Ex-presidente do Vasco publica manifesto em rede social e defende abertura de contratos com a 777 Partners

Vasco

Em meio à batalha que vem ocorrendo entre o Vasco associativo e a 777 Partners pelo controle da SAF do clube, o ex-presidente Jorge Salgado publicou, em sua rede social, um longo manifesto explicando algumas questões sobre a escolha da venda do futebol para a empresa norte-americana.

Uma reunião do Conselho Deliberativo do clube está marcada para a próxima semana, e a atuação de Jorge Salgado em todo o processo será um dos principais temas a serem debatidos. Com isso, o ex-presidente veio à público para tentar esclarecer alguns pontos dos acontecimentos à época.

Fonte: Jorge Salgado/X

Salgado criticou atuação judicial do atual Presidente do Vasco

Salgado considera a movimentação jurídica do Vasco associativo, que controla a SAF através de liminar, um “equívoco conceitual“, e se mostra preocupado com a ação judicial: “Pelo que veiculado na imprensa, antes de o CRVG propor a ação judicial, a 777 já estava negociando a venda de sua participação na SAF. Nessa hipótese, como condição para a transferência das ações, o novo acionista teria que pagar não apenas o aporte de 2024 (cerca de R$ 300 milhões, com atualização), mas também o aporte de 2025 (cerca de R$ 130 milhões, com atualização). Caso contrário, não poderia receber as ações da SAF e se tornar acionista. Seriam R$ 430 milhões no caixa da SAF, de uma só vez. A opção pelo embate judicial é preocupante, pois, além de dar motivos para o não pagamento do aporte de setembro de 2024 (caso mantida a atual situação até lá), gerou um clima de instabilidade institucional e de insegurança jurídica que acaba por afugentar possíveis novos investidores.

Em certo trecho, o ex-presidente pede que se publiquem os contratos, já que o controle da Vasco SAF não está mais sob efeito de contrato, o que exclui a cláusula de confidenciabilidade: “A decisão liminar que tirou da 777 o controle da SAF suspendeu os efeitos dos contratos. Com isso, tornou sem efeito, também, a obrigação de confidencialidade. A rigor, o CRVG poderia publicar os contratos na íntegra. Por que o CRVG não publica os contratos, se não está mais sujeito à obrigação de confidencialidade? Imagino que a publicação poderia causar insegurança em eventuais novos investidores; porém, se entendem que não, fica aqui o meu apelo pessoal: publiquem os contratos!

Foto: Daniel Ramalho/CRVG