Incertezas jurídicas impedem Vasco de concretizar prometida reforma para Ramón Díaz

O Centro de Treinamento Moacyr Barbosa (CT), essencial para o Vasco, e que foi uma exigência para a permanência de Ramón Díaz como técnico do clube, ocupa apenas um terço do terreno cedido pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

Assim sendo, a expectativa de uma expansão ambiciosa ainda não concretizada esbarra em impasses jurídicos segundo reportagem exclusiva do portal ge.

No início de 2022, o então Vice-Presidente Geral, Carlos Roberto Osório, prometeu um CT “de primeiro mundo” com sete campos, miniestádio para 4 mil pessoas, refeitório e alojamento. Contudo, as obras, inicialmente previstas para conclusão até junho de 2024, enfrentam incertezas devido a desafios fora das quatro linhas.

A gestão atual, liderada por Pedrinho, reforça a ciência da situação contratual ao assinar o contrato, destacando a importância de investir em um CT de alto nível para garantir o desempenho dos atletas.

ATENÇÃO! O CT Moacyr Barbosa representa um alto risco jurídico ao Vasco.

A transferência foi selada em caráter precário, o que significa que a Prefeitura pode solicitar o terreno de volta quando bem entender.

Atualmente o clube utiliza apenas 1/3 do terreno cedido. pic.twitter.com/CqIAg30Trh

— News Almirante (@NewsAlmirantee) February 2, 2024

Vasco SAF tem medo de investir

O Termo de Cessão de Uso nº 39/2019/SUBPA, assinado em junho de 2019, estabelece a posse do terreno por 50 anos, com a prerrogativa da Prefeitura de solicitar o retorno a qualquer momento. A insegurança jurídica impede a Vasco SAF de realizar investimentos enquanto a posse não for definitivamente transferida ao clube.

Apesar de algumas intervenções pontuais, como a pavimentação do espaço externo, renovação dos muros e melhorias nas instalações, a reforma abrangente aguarda. A SAF destinou R$ 20 milhões para melhorias, incluindo reformas nos vestiários e construção de um auditório. No entanto, a incerteza jurídica persiste, afetando o avanço das obras.

Especialistas destacam a complexidade do processo para transferir o terreno para o Vasco. O advogado David Nigri ressalta a necessidade de uma lei promulgada pelo Legislativo, enquanto Alessandro Jacob, do escritório Alves Jacob Advogados, enfatiza a necessidade de vontade política e legislativa para resolver a questão.