Uma decisão pode afetar o Vasco diretamente por esses dias. A Procuradoria-Geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tomou medidas enérgicas na última terça-feira (14), denunciando formalmente Coritiba e Cruzeiro por incidentes ocorridos recentemente.
A proposta inclui uma liminar que determina jogos com portões fechados e a interdição dos estádios até que se prove que estão em condições seguras. Além disso, as penalidades podem envolver a perda de mando de campo, multas expressivas e o afastamento de torcidas organizadas.
Enquanto o futebol brasileiro aguarda o desenrolar desse processo, o ex-presidente do STJD e futuro dirigente do Vasco, Paulo Salomão, compartilhou sua visão sobre a situação.
Ele enfatiza que situações como invasão de campo não implicam automaticamente na perda de pontos para os clubes, especialmente quando o jogo já foi encerrado.
Em sua análise, destaca as penalidades previstas, como a interdição do estádio, a perda de mando de campo e a realização de jogos sem a presença de torcida.
Referindo-se a casos anteriores, como os tumultos em Vila Belmiro e São Januário, Salomão aponta para decisões monocráticas dos presidentes, que têm o poder de determinar suspensões, evidenciando a complexidade dessas questões disciplinares.
Esse tipo de situação de invasão de campo não gera perda de pontos. Até porque o jogo terminou. A penalidade prevista é interdição da praça desportiva e perda de mando de campo. Jogar sem torcida. Acredito que até pelos precedentes que ocorreram no Santos e até em São Januário, que era uma situação menos grave, porque não teve invasão de campo. Aquele jogo contra o Goiás teve um tumulto, mas não teve invasão de campo. Mesmo assim, o presidente, monocraticamente, determinou a suspensão pelo prazo de 30 dias, o que a lei prevê que tenha esse poder.
Paulo Salomão
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Cruzeiro x Vasco será de portões fechados
A denúncia formalizada pela Procuradoria-Geral do STJD aponta riscos significativos para ambos os clubes envolvidos na confusão.
Os incisos I e II do Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) são aplicados, prevendo a perda de até dez mandos de campo e multas que variam de R$ 100 a R$ 100 mil.
O agravante nesse cenário é a influência direta da invasão e briga entre torcidas organizadas no andamento da partida, que foi paralisada por quase 45 minutos. Em caso de perda de mando, o Regulamento Geral de Competições da CBF estipula que o time deve atuar a pelo menos 100 quilômetros da cidade-sede do clube.
Além disso, aspectos específicos, como o arremesso de copos por torcedores do Coritiba e o atraso do Cruzeiro no início dos tempos, também serão considerados no julgamento em primeira instância, cuja data ainda não foi marcada.
Com isso, é bem provável que o Vasco vá encarar o time mineiro com os portões fechados no dia 22 de novembro.
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