Assim que o projeto de lei foi assinado pelo prefeito Eduardo Paes, o coração do torcedor vascaíno se encheu de esperança. Isso porque a reforma de São Januário tem tudo para finalmente sair do campo das ideias para a realidade das mãos à obra.
Contudo, há questões a serem resolvidas, sobretudo políticas. A começar pela votação do PL que deve ocorrer na Câmara dos Vereadores antes do recesso dos parlamentares no dia 15 de dezembro.
Depois disso, é preciso lembrar que Paes assinou a proposta de reforma apresentada pela atual diretoria do Vasco da Gama personificada na figura do presidente Jorge Salgado.
Contudo, neste sábado (11) haverá um novo pleito eleitoral para escolher o novo mandatário que ficará responsável pelas obras da Colina Histórica. E tanto os candidatos Pedrinho quanto Leven Siano possuem projetos próprios.
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São Januário deve pautar mandato do novo presidente
Com a 777 Partners sendo dona do futebol, o poder do novo mandatário fica limitado à 30% no principal esporte do clube. Assim sendo, os esforços devem ser concentrados na reforma de São Januário.
Desse modo, a atual diretoria deve se reunir com o novo mandatário já na próxima semana e caso ele queira fazer algum tipo de alteração no projeto, deverá se reunir com o prefeito Eduardo Paes.
Pedrinho, por exemplo, diz que não vê problema em aceitar outras ideias e sugeriu que a torcida decida:
Eu acho que o mais importante é você ouvir todos os lados. Eu não tenho vaidade nenhuma se o projeto for de um outro candidato, de uma outra pessoa, desde que ela seja viável. Eu acho até que uma pesquisa deva ser feita, depois que todas as oportunidades de estádio estiverem prontas, para você ouvir o torcedor, o que é melhor pro torcedor.
Já Leven Siano sugeriu um formato de caravela desenvolvido pela empresa britânica Populous, com capacidade para aproximadamente 40 mil espectadores, praças de convivência, um ginásio moderno e a um custo em torno de R$ 500 milhões.
Seja como for, caso o novo presidente queira uma reformulação geral, ele terá de apresentar uma nova proposta e enfrente todos os trâmites burocráticos feitos até aqui.
Isto é claro, se quiser contar com o apoio da Prefeitura do Rio. Outra opção é conseguir recursos próprios para a reforma de São Januário.
A base aprovada hoje foi planejada – e atualizada – pelo arquiteto Sérgio Dias, ainda na gestão do ex-presidente Alexandre Campello, e sua equipe composta dos profissionais Ana Carolina Dias, Clarissa Pereira, Felipe Nicolau e William Freixo.
São Januário teria um aumento de sua capacidade de 20 mil torcedores para 47.383 graças à construção de uma arquibancada na parte sul, fechando assim o anel do campo.
Também estão previstas a construção de duas torres ao lado da fachada principal, que abrigariam estabelecimentos como museu, loja e restaurante, e a criação de 1.440 vagas de estacionamento.
Tudo isso a um custo de R$ 506 milhões e com prazo de execução para três anos. O Vasco pretende iniciar a reforma em abril de 2024.
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