O técnico Ramón Díaz mudou a cara e o espírito do time do Vasco. Mas a história poderia ter sido diferente já que o multicampeão treinador argentino sequer era a primeira opção da diretoria após a saída de Maurício Barbieri.
Isso porque após a derrota para o Goiás no final de junho, e que ainda culminou na interdição de São Januário, a 777 Partners entendia que precisava de um técnico que fizesse a equipe ressurgir no Campeonato Brasileiro enquanto ainda tinha tempo.
Assim sendo, diversos nomes foram pensados mas muitos não toparam. Dentre eles, pode-se considerar Jorge Jesus, Bruno Lage, Rogério Ceni e Gustavo Alfaro. Outros ainda foram pensados mas descartados como Roger Machado e Jorginho, que tinha subido com o Vasco no ano anterior.
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Ramón Díaz foi o único a topar o desafio
Diante de tantas negativas, o diretor Paulo Bracks buscou o novamente o nome de Ramón Díaz, que chegou a ser sondado mas sem avanços, e ouviu do argentino que topava o desafio de tirar o Vasco da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
E não apenas isso, o Cruzmaltino estava destroçado emocionalmente, tinha acabado de ter seu estádio interditado e enfrentava a fúria de seus torcedores além de um ambiente político em ebulição.
Dom Ramón chegou e desde o primeiro dia, apesar de duas derrotas iniciais, começou a impor seu estilo de jogo e principalmente, a recuperar a confiança dos jogadores.
Com a chegada dos reforços como Paulinho, Dimitri Payet e o artilheiro Pablo Vegetti, o time embalou e conseguiu nesta segunda-feira, finalmente, deixar o Z4 e agora ocupa a 15ª colocação.
O “Vasco no va a bajar” (“Vasco não vai cair“, em espanhol), dito por ele com veemência e direito a soco na mesa de Ramón Díaz depois do empate contra o Bahia na Arena Fonte Nova virou um mantra da equipe.
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