Coluna escrita por Rodrigo Cordeiro
O Club de Regatas Vasco da Gama obteve, nesta semana, duas vitórias distintas fora do campo de jogo que ficarão para sempre marcadas em sua história significativamente pautada por momentos desta magnitude. A primeira foi a liberação do retorno de seus torcedores às arquibancadas para os jogos realizados em São Januário. E a segunda foi a aprovação na ALERJ do projeto de lei que declara nosso caldeirão um patrimônio histórico, cultural e turístico do estado do Rio de Janeiro.
Com a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), Vascaínos e Vascaínas apaixonados voltarão a lotar as dependências de nossa casa, construída pelas mãos desta mesma torcida que carrega a Cruz de Malta no peito desde que nasceu. Dentre vários pontos, o Vasco será o PRIMEIRO CLUBE do Rio de Janeiro a utilizar tecnologia de reconhecimento facial em suas catracas. Nesta batalha contra os ditos “representantes da justiça”, o Gigante conseguiu unir a mídia, a sociedade e até mesmo adversários políticos, pois ainda deve existir coesão quando a luta é justa!
E, vejam vocês, estes mesmos “representantes da justiça” não se manifestaram sobre nenhuma sanção diante das confusões entre a torcida do interveniente anuente e a Polícia Militar, em jogo válido pela Libertadores da América no Maracanã. Ou ainda às ocorrências tanto a caminho quanto na saída do estádio do Botafogo no duelo frente ao síndico do estádio público da Tijuca. E nem creio que haverá qualquer tipo de consequência em relação às cenas lamentáveis de violência demonstradas ontem na saída do jogo deste mesmo síndico, só que no Espírito Santo.
Tudo isso acontecendo durante a proibição de público na Colina, com a diferença de que não se viu a “mão de ferro invisível do Estado” atuando para coibir ou punir tais atos com rigidez e postura imponente. Vai ver o culpado é o Vasco.
Charge: Alpino – Yahoo
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A demonstração da importância do Vasco e seu Estádio
Esta aprovação do Projeto de Lei, que agora seguirá para as comissões de Cultura e Esporte e Lazer para depois ser votado pelos deputados no plenário, serve como um pequeno demonstrativo da relevância da Colina Histórica para diversas áreas relacionadas não só ao nosso estado, mas ao Brasil inteiro. O Estádio Vasco da Gama foi palco importantíssimo em momentos cruciais do nosso país, destacando-se os eventos cívicos em homenagem ao Dia do Trabalhador, onde o então Presidente Getúlio Vargas anunciou, dentre outras coisas, a criação do salário-mínimo e a instalação da Justiça do Trabalho, além de servir como casa da Seleção Brasileira de Futebol durante anos.
Nada mais justo que turistas nacionais e internacionais conheçam o tamanho gigantesco da importância deste local. E que também sirva para muitos dos moradores de nossa cidade (que preferem ignorar fatos e se servir de suas próprias narrativas fantasiosas) entenderem que São Januário é (e sempre será) o símbolo do pioneirismo e da luta contra o elitismo preconceituoso perpetrado pelos mesmos agentes, sejam eles de décadas atrás, ou aqueles que ainda vemos hoje.
Mas cuidado! Não se surpreenda se, daqui alguns anos, os torcedores revisionistas históricos do minúsculo de três cores da Pomerânia venham alegar que isso nunca aconteceu. Pois é, nem sempre o freguês tem razão.
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