São Januário: Saiba quanto custa aos cofres do Vasco pagar pela perícia técnica exigida pela Justiça

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Foto: Divulgação Vasco

São Januário, a casa do Club de Regatas Vasco da Gama, segue sem receber seu bem maior: os torcedores apaixonados pelo Gigante da Colina. Em uma decisão deveras absurda e carregada de preconceitos sociais, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a punição ao clube.

Na votação ocorrida na tarde de ontem (30), dois desembargadores votaram pela manutenção do impedimento do Cruzmaltino receber público em seu estádio. O argumento da relatora do caso, Renata Machado Cotta seria de que ainda é necessário que uma perícia seja realizada no local antes da decisão ser revista.

A saber, na decisão inicial que fechou São Januário, o juiz Bruno Arthur Vaccari, do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do TJRJ, havia determinado a medida no estádio em um prazo de 30 dias. Mas a tal perícia, no entanto, ainda não aconteceu por causa de trâmites processuais.

Crianças vascaínas em manifesto pela liberação de público em São Januário — Foto: Caio Almeida / Vasco

R$ 1,4 milhão pela perícia em São Januário

Eleonora Gaspar Scarton, engenheira e perita de juízo pediu que o prazo de término do trabalho fosse de 90 dias e cobrou R$ 1.395.297,48, valor cujo pagamento caberia ao Vasco.

Ela justificou os custos por conta da complexidade do trabalho que envolveria diversos profissionais. Veja um trecho:

“[…] tendo em vista seu alto grau de complexidade, a magnitude do empreendimento a ser vistoriado e analisado, a existência de diversas questões técnicas envolvidas, o prazo exíguo para a realização do trabalho em face da urgência da entrega do laudo, o que torna imprescindível que a pericia seja feita por uma equipe de trabalho com 5 profissionais dedicados: 1 Engenheiro Civil / Geotécnico sênior, 1 Engenheiro Civil / Estrutural Sênior, 1 Engenheiro Civil Júnior, 1 Engenheiro Civil / Segurança do Trabalho Master e 1 estagiário de Engenharia Civil”

O pedido ainda será analisado, mas o clube já anunciou que se posicionará contra. Caso o prazo seja dado e o Superior Tribunal de Justiça não reforme a decisão do TJRJ, o CRVG corre o risco de não jogar mais em São Januário neste Campeonato Brasileiro.

A Colina Histórica segue fechada desde o final de junho quando o Vasco perdeu para o Goiás. Após a partida, houve confrontos entre torcedores e a polícia dentro e fora do estádio.