Cadu Costa
Coluna escrita por Rodrigo Cordeiro
O ano era 2020. O Vasco começava sua disputa no Campeonato Brasileiro daquele ano com o técnico Ramon Menezes no comando da equipe. E eis que, nos três primeiros jogos, três vitórias com direito a golaço do dançarino Fellipe Bastos (mais conhecido por ser animador de vestiário do que pelo seu futebol propriamente dito). E assim começava a era do “Ramonismo”, uma arrancada inicial que levou o Gigante ao topo da tabela e empolgou seus torcedores, mas o final dessa história nós já conhecemos. Dessa vez o Ramón é outro.
Foi anunciado oficialmente nesta segunda-Feira (17) o técnico Ramón Díaz, argentino multi-campeão por diversos times espalhados pelo nosso planeta bola. Ele já vinha treinando a equipe desde semana passada, mas a coletiva oficial só foi realizada ontem.
E o que nós, torcedores tão decepcionados com os últimos quatrocentos e cinquenta e oito técnicos que estiveram no comando do nosso amado Gigante da Colina, podemos esperar do experiente e vitorioso treinador ?! Sinceramente, NÃO SEI!!!
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Ramón Díaz constata o óbvio
Pelas notícias que li nestes dias em que passou a comandar os treinos no CT Moacyr Barbosa, ao menos uma constatação do nosso novo “entrenador” me animou. Ele percebeu o que TODA A TORCIDA VASCAÍNA já havia percebido desde o começo do ano: a preparação física da equipe era MEDÍOCRE. O Vasco disputa apenas uma competição nesse segundo semestre, e contra TODAS as equipes que enfrentamos, o nosso time morria no segundo tempo.
Os jogadores pareciam ter corrido a maratona de Londres no intervalo, chegando aos 15 minutos da etapa final com meio palmo de língua pra fora, parecendo um time de veteranos jogando a pelada de fim de ano da empresa. Não deveria ser necessário grande experiência para perceber o tão óbvio, mas ultimamente no Cruzmaltino não perceber o óbvio ululante parece ser via de regra para trabalhar no clube.
Portanto, ainda não posso formular uma opinião sobre o trabalho do nosso novo Ramón (até porque, após o “Ramonismo”, não dá mais pra empolgar com o começo de nada), mas ao menos tenho o alento de que foi preciso um hermano chegar pra botar a boca no trombone sobre uma deficiência que qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento do esporte bretão já havia percebido. Precisamos de reforços sim (abre a carteira, 777!) , mas a primeira impressão que Ramón Díaz deixa é de que, se não dá pra ganhar na bola, pelo menos não teremos um bando se arrastando em campo. É pouco ?! Muito pouco. Porém, como diria o outro, pra quem não tem nada, a metade é o dobro.
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