Opinião – O vascaíno só queria ter um minuto de paz

Coluna escrita por Rodrigo Cordeiro

Sinceramente, o torcedor vascaíno não aguenta mais! No último sábado à tarde, o Vasco enfrentou em São Januário mais um time que subiu da Série B juntamente conosco da última temporada, e o resultado se repetiu da maneira mais corriqueira do mundo: Uma derrota pelo placar de 1 a 0 com um gol que era, pra dizer o mínimo, defensável.

Uma equipe débil no setor ofensivo e frágil em sua defesa, que perdeu TODOS os seus jogos atuando no estádio que, em dias longínquos que vão se perdendo na memória dos torcedores mais velhos, já foi sinônimo de terror para os adversários que ali chegavam.

Esse é o roteiro do Vasco da Gama SAF nesse Campeonato Brasileiro de 2023, porém não é novidade para os vascaínos. Todos temos plena consciência da espiral de horror que o clube vivencia deeeesde o início do século vigente. Uma cortina de fumaça em 2011 com o título da Copa do Brasil e um vice campeonato brasileiro em que o Cruzmaltino foi sistematicamente prejudicado durante todo o decorrer da disputa, e só.

Vascaíno quer ter paz

As variadas castas que habitam os corredores da Colina Histórica continuam em sua incessante busca pelo poder, sem se preocupar com as consequências de seus atos, vivendo em constantes batalhas de ego, palavras e atitutdes duvidosas, porém com a certeza de que, caso alcancem o almejado assento da Presidência, seus bolsos e de seus asseclas certamente irão sorrir.

O hoje presidente do clube associativo, Jorge Salgado, em uma declaração durante o período eleitoral do clube, que foi pra lá de conturbado e duvidoso, como se tornou rotina em São Januário, admitiu que uma de suas primeiras atitudes como presidente eleito seria “Pagar a si próprio”. Surpresa zero para qualquer um que acompanha mínimamente o Club de Regatas Vasco da Gama neste Século XXl.

Ao vascaíno (o verdadeiro, o torcedor, não aqueles que lá estão no comando do clube) hoje, só lhe resta ouvir as piadas, se tornar chacota dentro de sua cidade, e aturar tudo com um mínimo de dignidade, sem nenhuma perspectiva de melhora no curto prazo, com eleições a vista no fim do ano, com um time febril e inerte, e com apenas uma certeza nisso tudo: Só queremos ter um minutinho de paz, é pedir muito ?