Não é que tenhamos comprado uma ilusão. Apenas é a única esperança que tínhamos. Exatamente assim que eu e muitos torcedores vimos a ida do Vasco para o grupo de clubes comprados pela 777 Partners.
Endividado de uma forma que asfixiava o próprio funcionamento do clube, sem time competitivo, afundado na Série B, acostumado à pequenez, virar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) se transformou na única saída possível para o Vasco da Gama.
E os efeitos foram imediatos até. Subimos para a Série A, salários pagos em dia, dívidas sendo pagas e montagem de um time – em tese – feito para brigar. Ainda não era para sonhar com títulos mas apenas para sairmos do fundo do poço.
Foi então que começaram os erros da 777 Partners: contratar Maurício Barbieri como treinador do projeto por ter experiência com SAFs (trabalhou no Red Bull Bragantino) mesmo sem ter um único sucesso na carreira.
Contratar jovens como Lucas Orellano investindo alto pensando apenas na futura revenda e perdendo outros jogadores melhores porque estavam velhos demais e não valiam todo aquele aporte (caso Eduardo Sasha).
Perder Lelê para o rival Fluminense porque não queria entrar em leilão e ainda assim contratar Rwan Cruz, refugo do Santos por R$ 500 mil.
Fora ter trazido Paulo Bracks para diretor de futebol, ter mantido Luiz Mello como SEO do Vasco e usar de uma burocracia sem tamanho para fazer contratações importantes que, claro, não vai pagar.
Eu já falei antes que a 777 Partners parece não entender o tamanho do Club de Regatas Vasco da Gama.
Porque não há outra explicação para tantos e contínuos equívocos mesmo com o Cruzmaltino na 18ª colocação do Campeonato Brasileiro e prestes a ser rebaixado pela quinta vez pra segunda divisão do nosso futebol.
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777 Partners vai liberar R$ 120 milhões em setembro
Para variar, a empresa estadunidense está envolvida numa polêmica sem tamanho mostrada aqui através de uma reportagem do site norueguês Josimar Football.
Segundo a reportagem assinada pelos repórteres Paul Brown e Philippe Auclair, a 777 Partners não tem êxito esportivo nos clubes por ela comprados e sequer honra os compromissos assinados.
Algo que, infelizmente, temos acompanhado bem com diversos clubes batendo à nossa porta cobrando por jogadores que sequer estão rendendo.
Agora chega uma nova informação dizendo que o aporte anual de R$ 120 milhões da empresa aos cofres do Vasco só chegará em setembro, mais precisamente no dia 23.
Detalhe: a janela de transferências para novos jogadores que abriu no dia 03 de julho vai somente até o dia 02 de agosto. Ou seja, sequer teremos grana para comprar reforços de peso para construir uma caminhada para fora do Z4.
Aparentemente, a verba de R$ 120 milhões deve servir para pagar as dívidas contraídas pela Vasco SAF no início do ano. Além disso, deve servir também como uma espécie de termômetro das transações cheias de desconfianças e que já está na mira de críticas de milhões de vascaínos que caíram nesse conto do vigário.
De qualquer maneira, a divisão dos aportes nos próximos três anos é a seguinte:
- 2022: R$ 70 milhões (empréstimo) + R$ 120 milhões;
- 2023: R$ 120 milhões. Para entrar dia 23 de setembro;
- 2024: R$ 270 milhões;
- 2025: R$ 120 milhões (último aporte).
“Ah, mas mentalidade empresarial é assim mesmo, com prazos pré-definidos”, “ano que vem teremos mais dinheiro”, “é o primeiro ano”, para às favas essas declarações! Precisamos de time hoje, precisamos sair da zona de rebaixamento para ontem!
Será que ninguém informou a esses norte-americanos que se o meu, o seu, o nosso Vasco cair mais uma vez será uma desgraça também para o bolso deles?
Bem, como a Josimar Football parece ter matado a charada: ELES NÃO ESTÃO NEM AÍ!
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